Pelo menos duas pessoas ficaram feridas após enfrentamento entre grupos contrários e a favoráveis à invasão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná no fim de semana. Conforme consta em Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 1.° Distrito Policial, uma professora e um aluno foram atingidos por vestígios de um artefato explosivo lançado na tarde de sábado (19). O estudante foi atingido na perna esquerda, e a professora, na mão direita. Não se sabe quem lançou o artefato, o que será investigado pela polícia.
Justiça ordena reforço da PM à PF em reintegração na UTFPR
Leia a matéria completaO estudante ferido contou que grupos de professores e alunos foram ao prédio da UTFPR após lerem relatos de propagação de ódio na internet. No local, disse ele, havia manifestantes contrários à ocupação já dentro do prédio. Os dois grupos teriam discutido. E uma pessoa estourou um rojão. Os ocupantes dizem que o artefato partiu dos manifestantes que pedem a desocupação. Eles, por sua vez, dizem que não foi possível identificar de onde partiu a agressão.
O estudante está com marcas do ferimento na perna e ainda está pensando se levará a denúncia para frente. Ele preferiu não se identificar, segundo ele, por causa da horizontalidade do movimento, que não tem lideranças claras.
O estudante Marcio Tietsche, 24 anos, que é contrário ao protesto que toma o prédio da UTFPR, disse que estava perto quando o rojão explodiu, mas não conseguiu identificar de onde veio. “Não consegui identificar. Pelo que vi, era uma bomba de São João. E bomba de São João não solta estilhaços. E, além disso, ela explodiu pra todo mundo. Mas de qualquer forma é um crime e a polícia precisa investigar e punir”, afirmou.
Desde sábado, quando houve um enfrentamento entre alunos pró e contra o protesto, muitos professores fazem vigília em frente à universidade, numa tentativa de acalmar os ânimos.
“A universidade não é de alguns estudantes ou alguns professores. Todo mundo aqui está lutando pelo direito futuro de estudar, contra essa PEC [241/2016] que congela os gastos sociais”, defende Hypolito Kalinowski um dos professores favoráveis à ocupação.
Já Elder Oroski, professor de Engenharia Elétrica, é contrário à ocupação da UTFPR, apesar de elogiar a ocupação em uma escola de Belas Artes que ele frequenta como aluno. “O protesto sempre é legítimo. Mas a forma como ocorreu aqui na UTFPR não é. Eles quebraram cadeiras, depredaram o patrimônio. São danos que a universidade terá de repor e me parece contraditório depredar uma universidade em um protesto para melhorar a educação. Na Belas Artes, onde eu estudo, a ocupação e diferente. Estão oferecendo cursos de modelagem, desenho”. Para o professor, a ocupação é política. “Estão querendo usar esse evento como trampolim político para as próximas eleições”.
Oroski ponderou que não concorda com a velocidade que o governo está imprimindo para aprovar a PEC 55. Mas sustentou que não vê nas ocupações um instrumento capaz de fazer com que o governo e o Congresso dialoguem com a sociedade nessa questão.
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
Bolsonaro testa Moraes e cobra passaporte para posse de Trump; acompanhe o Sem Rodeios
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Comparada ao grande porrete americano, caneta de Moraes é um graveto seco
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião