O atendimento no Hospital de Clínicas (HC) foi normal nesta sexta-feira (9), data em que foi retomada a greve dos servidores públicos ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest). Esta é a segunda paralisação dos servidores do hospital num período de aproximadamente um mês e meio.
Os enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários administrativos do HC haviam retornado aos seus postos há duas semanas, quando a Justiça declarou a ilegalidade da greve, iniciada em 20 de março. Uma decisão do Tribunal Federalda 4ª Região (TFR4), que impedia o desconto na folha dos servidores pelos dias parados, alterou o quadro e fez com que a nova paralisação fosse aprovada em assembleia, realizada na última terça-feira (6).
Dos cerca de 1,9 mil servidores do HC, 37 aderiram à greve nesta sexta-feira (9), segundo informações da assessoria de imprensa do hospital. Dois leitos da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) cardíaca foram bloqueados. Segundo o hospital, seis dos servidores que aderiram à paralisação trabalham no setor, por isso a medida foi necessária. Ainda de acordo com o HC, consultas, exames laboratoriais e outros serviços do hospital funcionaram normalmente e não foram afetados pela paralisação.
Funpar
Os funcionários da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que atuam no Hospital de Clínicas estão em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (9) e divulgada no site do Sinditest.
A pauta da discussão é a decisão referente à demissão de 916 funcionários do quadro da fundação e a negociação sobre a estabilidade e o plano de carreira dos servidores.
Até 1996, foram contratados servidores em regime celetista pela Funpar, mas a modalidade foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades. Em 2006, a Universidade Federal do Paraná assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPT comprometendo-se a regularizar a situação de seu quadro de servidores até 31 de dezembro de 2010. Até essa data, o HC teria de demitir todos os funcionários contratados via Fundação e aguardar a abertura de concursos públicos, mas conseguiu prorrogar a data até este ano.
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