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Com a volta da paralisação dos servidores do Hospital de Clínicas (HC) prometida para esta sexta-feira (9), a direção da instituição de saúde e a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) confirmaram que não irão descontar os dias parados da folha de pagamento dos grevistas. Mas, por outro lado, ressaltaram que irão levar em conta a determinação da Justiça que pede a implantação de uma sindicância para identificar os funcionários parados.

A identificação, de acordo com a nota, servirá "para fins de futura apuração de responsabilidade cível e criminal dos envolvidos". Os órgãos informaram ainda que a UFPR foi notificada nesta quinta (8) da decisão da desembargadora Marga Inge Barth Tessler, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF 4), que determina multa diária de R$ 1 mil ao Sinditest-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba) caso a paralisação volte.

O posicionamento de não descontar os dias parados dos grevistas do HC também obedece a uma ordem da Justiça, que anulou a decisão de ilegalidade da greve.

Márcio Palmares, diretor do Sinditest, disse que considera a atitude do HC e da UFPR como uma "ameaça contra os trabalhadores". Segundo ele, apesar da Justiça já ter considerado que a greve prejudicava a população que precisa de atendimento médico, o principal problema, no momento, é a precarização enfrentada pelo hospital.

"Não é a greve que prejudica. O que na verdade prejudica as pessoas é o sucateamento do hospital, algo que é crônico e de responsabilidade do governo federal", declarou.

Braços cruzados

Duas semanas após a retomada dos trabalhos no Hospital de Clínicas – definida pela medida judicial que considerou a greve ilegal - os trabalhadores voltam a cruzar os braços a partir das 13 horas desta sexta-feira.

A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) determinar que não haveria descontos dos dias parados na folha de pagamento dos servidores.

A paralisação começou no dia 20 de março, quando a categoria começou a pedir uma solução para a decisão que obriga a universidade a exonerar 916 servidores fundacionais – contratados via Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) – em um prazo de 90 dias.

A previsão é de que, dos 1,9 mil funcionários ligados ao sindicado, 30%, como manda a lei, permaneçam em seus postos de trabalho nos dias de paralisação.

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