O Instituto de Criminalística vai comparar imagens feitas na segunda-feira (11) no local da chacina da Vila Osternack com as filmagens de câmeras de segurança que apontam suspeitos de terem assassinado quatro pessoas no crime ocorrido no final de junho. Os dois policiais militares suspeitos de envolvimento no caso não participaram da reconstituição, o que pode limitar o trabalho da Polícia Científica.
A reconstituição estava marcada para as 18 horas de segunda e a presença de Alisson dos Santos Cszulik, 23 anos, e Michel Diel, 31 anos, era esperada. Os suspeitos, entretanto, não compareceram. A perita criminal do Instituto de Criminalística Andrea Alves Guimarães Dresch diz que a ausência deles limita a comparação das imagens.
"Não poderemos fazer a comparação da compleição física e altura deles com a das pessoas que aparecem no vídeo. Se eles tivessem participado, faríamos uma reprodução dos fatos, iríamos indicar o trajeto similar aos indivíduos que aparecem nas imagens", diz a perita. Além dela, outros dois peritos participaram dos trabalhos, acompanhados da Polícia Civil.
Mesmo sem os suspeitos, na noite da reconstituição os peritos trabalharam com medições e marcações nas áreas em que o veículo usado no crime estacionou, além dos locais em que os suspeitos aparecem no vídeo da denúncia para realizar as comparações. "Pegamos alguns pontos que devem servir como referência. Alguns dos pontos foram marcados no momento em que eles saem do veículo e quando eles deixam a casa", diz a perita.
Filmagem
Durante as gravações na segunda-feira, os peritos tiveram que utilizar outra câmera para fazer a gravação da reconstituição a intenção era usar a mesma câmera de segurança na qual foram filmados os suspeitos no momento da chacina, imagens estas que foram usadas como provas pela Polícia Civil. O equipamento, entretanto, não existe mais, segundo a perita.
"Colocamos outra câmera, no mesmo local. Mas o campo visual é maior, a filmagem é diferente. Vamos usar alguns filtros e outros efeitos para se aproximar da imagem em que os suspeitos aparecem no vídeo original para ter uma estimativa", explica Andrea. Segundo ela, essas limitações não possibilitam afirmar um prazo para que os trabalhos sejam concluídos.
Chacina
Quatro pessoas foram mortas na madrugada do dia 30 de junho na Vila Osternack, bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Jonathan Pereira Veloso, 29 anos, Jaqueline Garcia da Silva, 33 anos, grávida de seis meses, Kauane Garcia Diaz, 16 anos, e Ailton Garcia Diaz, 14 anos, foram mortos a tiros. Somente uma criança de cinco anos saiu ilesa, pois não foi atingida pelos disparos.
Desde o início das investigações, as suspeitas eram de que o crime teria relação com Veloso, queria de fato o alvo dos suspeitos. A Polícia Civil teve acesso, além das imagens, a depoimentos de testemunhas sigilosas que apontam para os dois policiais militares como suspeitos. Eles cobrariam valores de Veloso para que a vítima mantivesse as atividades do tráfico de drogas.
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