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Um avião da Alitalia, com 295 pessoas, entre passageiros e tripulantes, fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, às 2h15 desta quinta-feira (25), segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

A aeronave saiu de Roma, na Itália, com destino a Buenos Aires, na Argentina. A escala em Recife não estava prevista.

Ainda segundo a Infraero, a aeronave apresentou problemas mecânicos e, por questões de segurança, o piloto solicitou o pouso emergencial, que ocorreu sem problemas.

O Boeing 777-200 continua estacionado no pátio do aeroporto. Os 295 tripulantes e passageiros foram acomodados em hotéis e devem seguir viagem em uma outra aeronave, prevista para chegar ao Recife nesta sexta.

Falência

O governo italiano está jogando sua última cartada para salvar a Alitalia. Está reunido, nesta quinta-feira, com os sindicatos para anunciar a nova proposta do consórcio de investidores, que voltou à cena fazendo concessões. Se o acordo se concretizar, a Air France-KLM poderá ser o parceiro estrangeiro do novo grupo.

A crise da Alitalia começou em 1999, quando Malpensa, em Milão, se transformou num aeroporto intercontinental, fazendo concorrência com o próprio aeroporto de Roma, Fiumicino. Durante oito anos, as perdas da Alitalia foram de € 200 milhões por ano.

A dívida de quase € 2 bilhões foi assumida pelo governo de Silvio Berlusconi. A parte rentável da empresa está à venda por € 400 milhões – um preço muito baixo, segundo o comandante Barbado. São 140 aviões de passageiros em operação e 30 parados. Ao todo, 80% da frota são de aeronaves novas, além das licenças de vôo em várias partes do mundo.

A Alitalia possui 17 mil funcionários, mas 20% deles estão quase parados. Pilotos e comissários de bordo ofereceram o dinheiro das suas aposentadorias para comprar a empresa. O comandante Francesco Barbado se diz desiludido com uma profissão tão criticada na Itália.

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