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Marcinho VP e Elias Maluco estariam planejando seqüestros dentro de Catanduvas

Traficantes de drogas do Rio de Janeiro estariam trocando cartas e informações com Marcinho VP e Elias Maluco, ambos presos em Catanduvas, na região Oeste do Paraná. Uma carta que foi apreendida no fim de semana por policiais da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) do Rio de Janeiro, e divulgada nesta sexta-feira (22), pode envolver os criminosos com o seqüestro dos três operários chineses e do diplomata vietnamita no Rio de Janeiro. Leia matéria completa

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado pela 2.° Vara Federal Criminal de Curitiba, na segunda-feira (25), a 29 anos e oito meses de reclusão, além de receber multa, por comandar a prática de crimes de tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. A pena foi concedida no processo da Operação Fênix, da Polícia Federal, cuja investigação durou um ano e meio.

A sentença diz que Beira-Mar, mesmo preso, comandava uma quadrilha com a ajuda de advogados e parentes, notadamente de sua mulher, Jacqueline Moraes da Costa, que transmitia os recados recebidos nas visitas ao preso. Beira-Mar comandou diversas ações criminosas por celular, quando esteve preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Após ser transferido para as Penitenciárias Federais de Catanduvas, no Oeste do Paraná, e de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ele começou a trocar mensagens entregues aos seus visitantes.

Durante as investigações, doze apreensões de drogas e armas foram feitas. Seis seriam de responsabilidade do grupo comandando por Beira-Mar. Nas remessas de drogas e armas apreendidas foram contabilizados 462 quilos de cocaína, 26 quilos de maconha, 21,8 quilos de crack, 5,8 quilos de haxixe, duas metralhadoras, dois fuzis, duas pistolas e 1.477 cartuchos de munição diversa.

O grupo operava com duas bases no Paraguai, trazendo as drogas e armas por avião até o Paraná e depois ao Rio de Janeiro. Das 21 pessoas denunciadas, 15 foram condenadas. A mulher de Beira-Mar, Jacqueline Moraes da Costa, foi condenada a 25 anos e cinco meses, seu irmão, Ronaldo Alcântara de Moraes, 18 anos e oito meses, a mulher de Ronaldo, Marcela de Brito Barradas, nove anos e 11 meses, o filho do traficante, Felipe Alexandre da Costa, cinco anos e dez meses de reclusão e um dos cunhados de Fernandinho, Carlos Wilmar Portella Vanderlei, cinco anos de reclusão. Entre os absolvidos estão as duas irmãs do traficante, Débora Cristina e Alessandra da Costa, além do marido de Débora, Cid da Rocha Teixeira Filho.

Na lavagem de dinheiro, o grupo utilizava duas empresas em nome de familiares de Beira-Mar, a Chama Acesa de Caxias Comércio de Gás Ltda. (Chamagás) e a Júnior & Jacqueline Rio's Lava Jato Ltda. (JJ-Lavajato), ambas no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A sentença decretou o confisco de treze veículos, uma lancha, um avião, US$ 134,4 mil e seis imóveis, entre os quais a fazenda Campanai, que Beira-Mar mantinha no Paraguai.

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