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Festa no litoral

Blocos divertem uma multidão de foliões em Antonina

O desfile dos blocos de rua de Antonina começou, com atraso, por volta das 21 horas. Rainha, rei, passistas, porta bandeira e a bateria do Bloco do Boi Barroso entraram na avenida, animando a multidão de foliões que foi para cidade na noite do sábado (1º) curtir um dos carnavais mais tradicionais do estado.

"Bumba meu Boi, meu Boi Bumbá, vem Boi Barroso, agitar o Carnaval", dizia o refrão, que embalou os cerca de 600 foliões do bloco.

Quando saiu da avenida, depois de cerca de trinta minutos de desfile do Bloco do Boi Barroso, o professor José Carlos de Paiva, 49 anos, extravasou: "Isso é Antonina, isso é Carnaval!".

Vestido de pajé, foi aplaudido pelo grupo de 40 pessoas fantasiadas de grávida, que lotaram um ônibus de Curitiba para sair no bloco. A ideia, conta a esposa Rosana Paiva, 53 anos, funcionária pública, surgiu despretensiosamente. "Nós dois já saímos no bloco há quatro anos. Desta vez, resolvemos convidar uns amigos, mas não imaginamos que daria tanta gente."

Depois de um contato com o pessoal da organização do Boi Barroso, há um mês, eles resolveram criar a ala com o tema da gravidez de Catirina, que, segundo a lenda, sentiu o desejo de comer a língua de um boi querido pelo dono da fazenda onde o marido trabalhava. "A ala retrata isso: o pajé, a grávida, a língua de boi", explica José Carlos.

Assinadas e confeccionadas por Rosana e uma sobrinha designer de moda, as fantasias ajudaram a colorir o tradicional bloco, criado no início do século passado.

O consultor curitibano Marcelo Fonseca de Carvalho, 37 anos, recorda que saiu em um bloco pela primeira vez aos três anos de idade, trazido pelos pais. Desde então, não falhou um ano. "É de berço. Estou aqui com pai, tios, esposa, primos. É o segundo ano de Barroso, mas temos o Beco do Mijo [bloco criado pela família em 1962] e saio na Capela neste domingo. São três noites de avenida", contabiliza.

Bloco do Dragão

Lá pelas 21h40, a avenida foi tomada pelo Bloco do Dragão, que trouxe como tema a figura que "Mora na Penha e veio da China abrilhantar o Carnaval de Antonina". Cerca de 60 pessoas participaram da folia, entre elas Kauan Fonseca, 9 anos, há três na bateria do bloco. "Toco surdo, meu pai que me ensinou." Orgulhoso, o autônomo Celso Fonseca, 42 anos, afirma que é preciso passar a tradição para as gerações mais novas. "Saio desde a idade dele, é muito importante conservar isso." Junto com eles, na bateria, estava o aposentado Gilberto Ribeiro da Fonseca, 60 anos, 48 de Carnaval antoninense, que toca um instrumento bem mais inusitado: a frigideira. "Sou o único aqui, no Rio de Janeiro eles tocam muito. Tenho um troféu siri de prata por causa disso."

Bloco do Boneco

Com o tema da Copa do Mundo, o Bloco do Boneco continuou a noite, divertindo os foliões com símbolos já tradicionais, como o homem que cospe fogo e os bonecos gigantes, além de novidades, como o mascote Fuleco e o enterro de um jogador argentino. Em seguida, o bloco Última hora encerrou a noite, dando início ao baile público com trio elétrico, que se estendeu pela madrugada.

A festa continua em Antonina, neste domingo, às 20h30, com o desfile das cinco escolas de samba da cidade. Mais tarde, o trio elétrico anima os foliões.

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