O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que as manifestações, organizadas pelas redes sociais, ocorridas na última segunda-feira contra o aumento das passagens de ônibus tiveram "ar político", e não como "espontânea da população". Os manifestantes estão neste momento no centro da cidade em mais um protesto contra o reajuste das passagens, que passaram de R$ 2,75 para R$ 2,95.
"Os jovens que foram presos pela baderna e pelo que fizeram na noite de anteontem percebe-se que são jovens que não estavam ali para defender interesses públicos, mas sim para gerar um clima de confusão, de baderna. Isso não é bom para a cidade e o povo percebe isso", informou.
Sobre a possibilidade de ocorrência de manifestações durante a Copa das Confederações, Cabral respondeu que se trata de um problema da segurança. "Isso é um problema da segurança, não meu. Mas de tal forma que não haja conflito físico, porque não é legal isso. Já fui estudante, já participei de grêmio, já fui do Partido Comunista, já fui expulso de colégio por ser do partido, mas a gente tem que ter responsabilidade e respeito à população e respeito ao bem público. Qualquer tipo de manifestação é saudável, desde que respeitosa", concluiu.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, descarta tumultos no período do campeonato de futebol. "Nós acreditamos que não. Nós acreditamos que esses episódios têm uma finalidade muito específica. O que posso dizer à população é que em especial, para estes casos, o Batalhão de Choque está atento", explicou.
Em relação à nova manifestação que ocorre nesta noite, Beltrame disse que o policiamento ficará a cargo do Batalhão de Choque da Polícia Militar. "A nossa atuação é a mesma que normalmente se faz nestes movimentos, que é o Batalhão de Choque. Agora, as pessoas são livres para manifestar. A nossa atuação é sempre no sentido de proteger o patrimônio público e a incolumidade física das pessoas", disse.
O secretário e o governador participaram hoje da entrega de equipamentos de tecnologia pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, por meio de videoconferência com a presença da presidente Dilma Rousseff. Foram entregues equipamentos para o Distrito Federal e Minas Gerais.
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