Em menos de 24 horas, o prédio da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), no Jacaré, zona norte do Rio, foi invadido duas vezes. Na madrugada desta segunda-feira (27), o centro cirúrgico, onde são realizadas em média 40 operações por dia em cães, gatos e animais de grande porte, foi parcialmente depredado. Na madrugada de domingo (26), seis filhotes de vira-latas foram furtados da ONG. A presidente da instituição, Izabel Cristina Nascimento, fez queixa na delegacia e pediu à Polícia Militar reforço no policiamento da região.
Os procedimentos marcados para esta segunda-feira não precisarão ser suspensos porque o centro cirúrgico do ambulatório funcionam normalmente. Segundo Izabel, os criminosos que invadiram o prédio nesta madrugada ainda quebraram o local onde ficava um cavalo deficiente e o soltaram. “ Empezão “, como foi batizado, foi resgatado há quase dois ano, em São João de Meriti, após levar um tiro no fêmur e ser abandonado pelo dono.
“Cuidamos dele, que conseguiu voltar a andar. Esta madrugada soltaram ele no meio do abrigo. O animal poderia ter se machucado novamente porque ele anda com dificuldade. É muita maldade. Qual a necessidade de prejudicar tanto a Suipa? O comandante do batalhão prometeu aumentar a vigilância. Por volta das 5 horas costuma já ter cerca de 200 pessoas na porta para serem atendidas. Meu receio é que aconteça algo pior e acabe atingindo essas pessoas”, disse Izabel, que também prestou queixa na delegacia.
Ela estranha o fato de os filhotes de vira-lata, que ocupavam uma área destinadas aos gatos, terem sido encontrados e furtados.
“Como sabiam que os filhotes estavam ali? É muito estranho. É coisa de quem conhece o prédio. E porque roubar vira-lata? Tenho vontade de instalar câmeras e cerca elétrica, mas não há verba para isso”, lamentou, acrescentando que os invasores desta madrugada abriram todas as bicas do prédio, deixando muita água vazar.
Mês passado, quatro galos de briga que viviam há pelo menos três anos na Suipa foram furtados de dentro do abrigo da ONG. Os bandidos invadiram o terreno e, para entrar no prédio onde estavam os animais, arrancaram o telhado. A tática dos ladrões foi a mesma usada em outro furto semelhante, ocorrido no início de maio, quando outros dois galos já haviam sido levados. Em menos de um mês, seis galos de rinha foram roubados. O caso foi registrado na 25ª DP (Engenho Novo).
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