O jovem Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, que confessou ter assassinado o cartunista Glauco Villas Boas, vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (19), para esclarecer detalhes da tentativa de fuga, quando ele trocou tiros com policiais. O interrogatório está marcado para as 9 horas, na Delegacia da PF de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, onde ele está preso deste o fim da noite de domingo (14). O advogado Gustavo Badaró, que representa Cadu, deve ir a Foz acompanhar o depoimento.

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O objetivo é saber se Cadu teve a intenção de matar dois policiais que estavam em viatura e com quem ele trocou tiros, quando tentava cruzar a Ponte da Amizade, entre o Brasil e o Paraguai. Caso o acusado confirme a tese, ele vai responder por mais duas tentativas de homicídio. O policial federal Luciano da Silva, que foi atingido no braço, recebeu alta nesta quinta-feira (18), mas vai precisar passar por sessões de fisioterapia. "O que nos interessa é a questão da intenção de matar, quando ele atirou contra os policiais", disse o delegado da PF, Marcos Paulo Pimentel.

A PF quer evitar fazer a reconstituição da tentativa de Cadu pela Ponte da Amizade, em função do tumulto que a operação pode gerar. Pimentel não entrou em detalhes sobre os depoimentos que está tomando, mas afirmou que tem mantido contato diariamente com a equipe da Polícia Civil de São Paulo que investiga a morte do cartunista.

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Dia

Nesta quinta, Cadu permaneceu detido em uma cela isolada dos demais presos. De acordo com a polícia, o acusado aparenta estar mais calmo, se alimentou regularmente e tomou banho de sol por duas horas.

Glauco e seu filho, Raoni Villas Boas, foram assassinados no dia 12 de março, depois que Cadu foi até a casa da família. O acusado queria ajuda para provar à mãe que é Jesus.