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Só cinco dos nove camelôs que tinham visitas agendadas compareceram nesta segunda-feira (16) ao depósito da Receita Federal de Londrina, no Norte do estado, para fazer a verificação e apresentar a documentação fiscal de mercadorias apreendidas na Operação Capitão Gancho 2, na semana passada. Segundo Rogério Gonsales, presidente da associação que reúne os comerciantes do Camelódromo Central -- alvo da operação --, são estudados "procedimentos em conjunto" para tentar minimizar os prejuízos.

"Queremos ver se há condições de pagar o imposto devido de alguma mercadoria sem nota. O que é produto pirata, a gente sabe que não tem jeito", disse. Ontem, parte lojas do camelódromo voltaram a funcionar, mesmo com poucas mercadorias. Nas demais o dia foi de limpeza.

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O advogado da associação, César Augusto Marçal, informou que, nesta semana, apresentará uma representação ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, em Porto Alegre. Ele defende que houve abuso, ilegalidade e prática de atos inconstitucionais durante a operação. "Foi um ato genérico em todas as lojas, de quem tinha mercadoria irregular e até de quem tinha artesanato.

Quem tem situação irregular vai responder, mas eles (camelôs) foram tratados todos do mesmo jeito", reclamou.Das 12 caixas apreendidas da loja de bonés de Ricardo Alexandre Chaves, apenas três foram liberadas ontem. Dos 1,4 mil bonés que estavam na loja no dia da apreensão, ele ficou com menos de 400 -- um prejuízo calculado em R$ 15 mil. "Daqui para a frente, vou trabalhar só com marca original. É melhor trabalhar assim do que não trabalhar", disse o camelô.

Em pior situação ficou outra camelô, que preferiu não revelar o nome. Mesmo apresentando as notas de compra, ela perdeu cinco caixas de roupas íntimas. "As notas que tenho não são frias, mas o problema está na importadora. Não vou conseguir recuperar nada", lamentou. "Nem sei ainda como vou trabalhar. Não parei para fazer as contas ainda, mas acho que perdi uns R$ 6 mil."

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