VIDA E CIDADANIA | 0:39

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Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) analisa imagens do acidente de trânsito que deixou mortas três pessoas da mesma família, na madrugada de domingo (22) no bairro Rebouças, em Curitiba. A colisão, que aconteceu no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli, vitimou Lorena Araújo Camargo, de 47 anos, Gabriele Empinotti, de 23, e Igor Empinotti de Oliveira, de 9 anos. O noivo de Gabriele, Jackson Adriano Ferreira, de 31 anos, foi levado para o Hospital Evangélico, na capital, e segue internado.

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O vídeo foi feito pela câmera de segurança de uma loja de imóveis na esquina entre as duas vias. A imagem mostra o Corsa Classic onde estava a família avançando o semáforo e sendo atingido na lateral pelo Ford Ka, conduzido por Eduardo Vitor Garzuze, de 24 anos, que trafegava pela Avenida Silva Jardim. Garzuze também foi ferido no acidente e está internado no Hospital do Trabalhador.

O titular da Dedetran, o delegado Rodrigo Brown, explica que o carro em que a família estava é que avançou o sinal vermelho. "As imagens dão a entender que o Corsa passou pelo semáforo quando ele mudava do amarelo para o vermelho. O Ford Ka, que vinha em velocidade alta, passou quando o sinal tinha acabado de ficar verde", afirmou.

Os três falecidos foram sepultados nesta segunda-feira (23) no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Cerca de cem pessoas, em sua maioria familiares, estiveram presentes ao velório por volta do meio-dia. Parte deles veio de União da Vitória, inclusive o pai de Gabriele, que é ex-marido de Lorena.

Outro lado

O advogado de Garzuze, Daniel Bernardi Boscardin, teve contato com o inquérito do caso no início da tarde desta segunda-feira (23). Ele contou que o rapaz trabalha em um posto de gasolina da região e havia deixado o trabalho na madruga de domingo. Ainda segundo o advogado, Garzuze realmente havia se envolvido em um acidente anterior. Ele teria parado para ver a extensão da colisão quando teria sido agredido pelo outro motorista, por isso o rapaz fugiu. O advogado disse que ainda aguarda ter acesso às provas, como imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas para só então se pronunciar sobre a questão de avanço ou não de sinal. Já sobre a embriaguez, Boscardin disse que, normalmente, Garzuze não poderia beber porque é diabético.

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Investigação

De acordo com o delegado Rodrigo Brown, o prontuário médico de Eduardo Vitor Garzuze indica que o condutor estaria embriagado ao volante no momento da colisão. "O hospital [do Trabalhador, onde Garzuze está internado] apontou que o condutor estava com ‘odor etílico’ quando foi atendido. Além deste indício, temos relatos testemunhais de que ele teria consumido bebida alcoólica em um posto de gasolina nas proximidades, pouco antes de dirigir", explica Brown.

Devido a estes indícios, segundo o delegado, Garzuze deve responder pela morte das três pessoas apesar de não ter furado o sinal vermelho. Nesta segunda, o rapaz teve a prisão decretada.