O ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho chegou ao Tribunal do Júri, onde será interrogado na tarde desta terça-feira (10), por volta das 13h15 e passou despercebido. De acordo com Arlete Ana Belmiak, advogada que trabalha como auxiliar na acusação de Carli Filho, ele entrou pelos fundos do tribunal, em um acesso secundário, mas que também é aberto ao público. As pessoas que estavam no tribunal naquele horário não chegaram a perceber a movimentação.
O ex-deputado já está na sala de audiência e aguarda o início do interrogatório. Não se sabe se foi determinado um esquema especial de proteção para ele.
Familiares e amigos das vítimas e a imprensa esperam o início do interrogatório na frente do tribunal. Usando camisetas, os familiares e amigos fazem uma silenciosa manifestação de homenagem às vítimas.
Juiz veta imprensa
O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, que vai conduzir o interrogatório com o ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, anunciou, por volta das 14 horas, que a imprensa não poderá assistir à audiência. "Os mais interessados no caso, que são a família, vão participar. A sala é muito pequena para acomodar tanta gente", argumenta.
O juiz adiantou que pode não se pronunciar sobre o caso nesta terça-feira (10), porque ainda há duas testemunhas de defesa que não foram ouvidas. Avelar também afirmou que o interrogatório será, impreterivelmente, realizado nesta terça.
Audiência
A audiência acontece um ano e três meses depois do acidente de trânsito que resultou na morte de Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20. Esta será a primeira vez que Carli Filho comparecerá diante de um juiz. No ano passado, ele foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o agente da ação assume o risco de produzir o resultado).
A audiência ocorre para que Carli fique ciente das acusações e provas do processo. Participam do interrogatório o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, o escrivão criminal, a promotora do Ministério Público (MP) Lúcia Inez Giacomitti Andrich, o assistente de acusação do MP, Elias Mattar Assad, e o advogado de Carli, Roberto Brzezinski Neto.
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