A forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro na noite deste sábado (12) deixou ao menos três mortos, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Além disso, um homem está desaparecido e outro foi eletrocutado no centro da cidade. O homem, identificado como Edson Conceição, 39 anos, foi levado ao Hospital Souza Aguiar, também no centro, após ter sido atingido no rua do Passeio. Não há informações sobre o seu estado de saúde.
Houve ainda deslizamento de terra em diversas regiões da cidade, alagamento de ruas e queda de árvores. Na Tijuca, zona norte da cidade, uma faixa da rua Marechal Trompowski foi interditada na manhã deste domingo (13) para trabalho de corte e retirada de árvore que caiu na via, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura.
Na manhã deste domingo, os bombeiros encontraram num valão o corpo de um homem que estava desaparecido desde sábado à noite na Rocinha, zona sul do Rio. Moradores entraram em contato com o Corpo de Bombeiros depois de ele ter sido arrastado pela chuva.
Outras duas mortes ocorreram na Chácara do Céu, no Leblon, zona sul da capital fluminense. Uma casa desabou no local devido ao rolamento de uma pedra. Um corpo foi encontrado na área do desabamento e o outro num córrego próximo. O Corpo de Bombeiros não soube informar se a segunda pessoa estava dentro da casa. Um homem foi identificado como Luciano R. Modesto, de 38 anos.
Em Rocha Miranda, zona norte, um homem está desaparecido desde o sábado. Ele teria sido arrastado por um córrego próximo à Avenida dos Italianos, por volta das 20 horas. As buscas ainda ocorriam neste domingo.
De acordo com os Bombeiros, houve desabamentos sem vítimas na zona norte da cidade, no Morro da Mangueira, Morro do Turano e Morro do Salgueiro.
A cidade retornou ao estágio de atenção às 3 horas da madrugada deste domingo. O motivo é uma frente fria sobre o Estado do Rio, com núcleos de chuva moderada a forte sobre a cidade, principalmente sobre as zonas norte e sul. O Rio chegou a entrar em estágio de crise, às 20h deste sábado, devido à atuação de núcleos de chuva forte e muito forte nas zonas Norte, Sul e parte da Oeste. O aeroporto Santos Dumont operava com auxílio de instrumentos para pousos e decolagens.
ALAGAMENTOS
Durante a chuva, a região da Praça da Bandeira, na zona norte, que forma um dos principais acessos ao centro da cidade, voltou a ter as ruas alagadas mesmo depois da construção de um reservatório de águas pluviais com capacidade para 18 milhões de litros inaugurado pela prefeitura no fim de 2014.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que utilizou o perfil no Instagram para pedir aos cariocas evitassem sair de casa, respondeu às críticas recebidas nos comentários sobre as obras realizadas nos pontos alagados. “Quando concluímos o piscinão da Praça da Bandeira e da praça Niterói, sempre deixei claro que eles fazem parte de um sistema que ainda não está totalmente concluído. A situação melhorou mas ainda não está resolvida. Faltam o piscinão da Vanhargem e a conclusão das obras de desvio do Rio Joana. Até lá sempre fui claro que alagamentos poderiam acontecer”, escreveu.
As zonas norte, sul e oeste registraram dezenas de pontos de alagamento. Bolsões de água se formaram e bloquearam o tráfego de veículos nas avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, situadas ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas.
No Baixo Gávea, tradicional ponto da boemia carioca, a água invadiu os restaurantes. Alguns clientes, mesmo cercados pela água, permaneceram em suas mesas com os pés levantados.
Segundo a Climatempo, a chuva forte no Rio de Janeiro começou às 19h40. A chuva ainda é reflexo da tempestade que causou mortes e desmoronamentos em São Paulo entre a noite de quinta-feira (10) e a madrugada de sexta (11). Segundo meteorologistas, no entanto, se comparadas com as chuvas em São Paulo, a tempestade deste sábado no Rio está mais fraca.
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