O ciclista Gilmar Raimundo de Alencar, 45, que atropelou o aposentado Florisvaldo Carvalho da Rocha, 78, na última segunda-feira (17) em São Paulo, pode responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), segundo o delegado Lupércio Dimov.

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De acordo com o delegado, Alencar agiu com imprudência, um dos três fatores necessários para qualificar um homicídio como culposo – as outras são negligência e imperícia.

A declaração foi feita durante a reconstituição do acidente, que aconteceu na avenida General Olímpio da Silveira, via que passa sob o Minhocão. Para os peritos, Alencar insistiu na versão de que trafegava na faixa de ônibus quando atingiu Rocha, que atravessava fora da faixa de pedestres. A suspeita da polícia era de que o acidente ocorreu na ciclovia.

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“Ele estava na faixa do ônibus e isso é uma imprudência da parte dele. A vítima não teria obrigação de ter esse cuidado de visualizar uma bicicleta. Ele alegou que o pilar de sustentação [do Minhocão] atrapalhou a visibilidade dele, mas isso está sendo apurado no inquérito policial.”

“Se eu fiz alguma conduta incorreta, preciso assumir a responsabilidade por isso”, disse Alencar. “Estou tentando contribuir. Não estou procurando quem é culpado, quem é inocente, se tem bem ou se tem mal”, completou.”

Acidente

Gilmar Raimundo de Alencar voltava do almoço, de bicicleta, para a empresa onde trabalha, na região de Perdizes. Ele afirmou que ia pela faixa de ônibus da General Olímpio da Silveira até alcançar o próximo acesso à ciclovia da avenida. Foi quando Florisvaldo da Rocha atravessou a rua, fora da faixa de pedestres. Ele morreu horas depois no hospital.

O ciclista, que usa a bicicleta como o principal meio de locomoção há cinco anos e há dois faz o mesmo trajeto - de casa, na zona leste, até o trabalho - afirmou que não estava em alta velocidade.

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