Apenas 25 creches das 45 conveniadas no Paraná pelo Pro­­infância em 2007 estão prontas. Em 2010, apenas sete delas foram entregues dentro do prazo estipulado. Neste ano, algumas obras nem começaram e os motivos são diversos.

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No caso da Lapa, a construção passou por três terrenos diferentes, o que acabou requerendo uma nova liberação dos recursos do MEC. "Havia uma série de exigências e só agora conseguimos regularizar, adquirir um terreno e desapropriá-lo. Agora aguardamos o MEC liberar os recursos", diz a secretária de Educação da Lapa, Vilma Pio­­vezan Wille.

Em Ampére, a situação é pa­­recida e o terreno está em fase de terraplanagem. A creche de Pai­­çandu está parada, pois a empresa responsável pelas obras não conseguiu concluí-la e nova licitação deve ser feita. Man­­daguari já tem a construção pronta, entretanto não tem previsão para ser inaugurada. Faltam a parte elétrica, os muros e a jardinagem até que se comece a receber os alunos.

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Para a Presidente da União Nacional dos Dirigentes Muni­­cipais de Educação (Un­­dime) Cleuza Repulho, a maior dificuldade é a falta de recursos adicionais. "O valor pago pelo metro quadrado não é suficiente e a prefeitura tem que arcar com os aditivos. Muitas não têm arrecadação própria e não conseguem dar conta", afirma. Cleuza considera que as muitas exigências do MEC dificultam ainda mais o avanço das obras nos pequenos municípios. "A cidade tem o recurso, mas ganha trabalho. Como alguns municípios não têm parceiros locais, acabam ficando de um lado com um elefante branco e, de outro, com crianças sem creches."