Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
inovação

Cientistas usam energia nuclear para combater o Aedes aegypti em Pernambuco

Aedes aegypti, na fase de pupa | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
Aedes aegypti, na fase de pupa (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo)

Com a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes aegypti. Esses insetos são responsáveis pela transmissão de três doenças: dengue, chikungunya e do vírus da zika.

O objetivo da nova estratégia, ainda em fase de testes, é diminuir a população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram soltos, na vila da Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (PE).

Produzidos no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos à radiação gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada).

Segundo Edvane Borges, professora do departamento de energia nuclear da UFPE, segundos são suficientes para tornar os machos inférteis. “Mas sem comprometer outros aspectos importantes para a sua sobrevivência, como a longevidade e o desempenho no acasalamento. Como a fêmea do mosquito fica disponível para acasalar apenas uma vez ao longo de toda a vida, o cruzamento com machos estéreis impede a reprodução”, afirmou a pesquisadora.

A pesquisa vem sendo desenvolvida em laboratórios desde 2013. Durante esse período, os cientistas contabilizaram uma redução de 70% na densidade populacional do Aedes aegypti. Desde dezembro do ano passado, os pesquisadores começaram a testar a nova estratégia em ambiente selvagem.

“É um ambiente relativamente isolado, onde tem apenas 25 casas, o que nos dá mais condições de controlar a pesquisa”, disse Edvane. Nos próximos cinco meses, cerca de 60 mil mosquitos inférteis serão soltos na ilha.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Tudo sobre:

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.