Franz Paul Trannin da Matta Heilborn. Ou Paulo Francis. Ou, mais simplesmente ainda, caro Francis. O jornalista, que morreu em fevereiro de 1997, aos 67 anos, está no documentário Caro Francis, de Nelson Hoineff. Patrocinado pela Esso, é um dos trabalhos mais esperados do ano. Ganhei um exemplar dos amigos da RP Consultoria, entre eles o André Corrêa. A RP Ruy Portilho cuida do Prêmio Esso de Jornalismo, juntamente com outro amigo, o Guilherme Duncan.
Mas vamos ao que interessa (se bem que o que interessa mesmo é ver o filme, a ser lançado em breve). Transcrevo (até porque estou de férias na Avenida Beira-Mar, sem número) o texto de apresentação do DVD:
"Paulo Francis transformou o jornalismo brasileiro. À sua maneira, denunciou todos os dias a impossibilidade de existência de vida inteligente no pensamento dominante não importa que pensamento fosse dominante no momento. Foi uma personalidade única, um visionário cuja coragem e estilo sobreviverão por muitas gerações.
Para seus amigos, porém, Francis foi apenas um ser humano cuja dedicação e generosidade o tornavam especial. Caro Francis é justamente essa pequena história de um homem que se tornou público, contada pelo filtro das amizades que cultivou. Compor esse documentário é, portanto, um simples exercício de escolha entre os múltiplos Francis que se espalharam entre as pessoas que circulavam ao seu redor.
O jornalista de sucesso, o escritor angustiado com a exigência da realização literária, o trotskista desencantado, o entediado, o bem humorado, o amante de Wagner e das marchinhas de carnaval.
Caro Francis é um mero bilhete de agradecimento de seus amigos por esse convívio permanentemente enriquecedor".
Ainda sobre Francis, transcrevo de Ruy Castro dois episódios até porque continuo de férias na Avenida Beira-Mar, S/N: "No dia 13 de dezembro de 1968, Paulo Francis tomou um avião em Nova Iorque e mandou tocar para o Rio. (...) Os militares faziam horrores por aqui. (...)
Na manhã de 14, ao pousar no Galeão e aberta a porta do avião, Francis teria perguntado, sorridente: "E aí, como se comportou o Brasil na minha ausência?"
Preso no dia 15, "só foi libertado no Natal (...) saí da toca e estive com Francis. Perguntei-lhe: foi torturado? E ele: barbaramente. O carcereiro escutava Vandeca (a cantora Wanderléa) pelo radinho de pilha o dia inteiro."
Mais um xabu
Jimmy Wales, o fundador da Wikipédia, quer implantar um sistema para restringir a edição e adição de coisas na tal enciclopédia colaborativa. O motivo e o objetivo: conter o vandalismo e a publicação de informações furadas. Na semana retrasada, um texto sobre o senador Ted Kennedy informava que ele tinha batido as botas. Tá certo, o senador de 76 anos tinha passado mal durante o almoço de posse de Barack Obama, mas daí ter capotado vai uma longa distância.
Até porque o prato do dia não foi feijoada ou buchada de bode.
Natureza Morta concorda com a preocupação do tal de Wales quanto à desfrutabilidade da globosfera:
A única coisa em que todo mundo mete a mão e não há problema é a pia de água benta na entrada da igreja.
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