Maringá e Londrina fecham hoje a reprise da decisão do ano de 1981. Ok, o Maringá não é exatamente aquele, o Grêmio, mas trata-se do legítimo representante da cidade e conta com o apoio da torcida local. E isso é o que interessa, bem mais do que discutir quem é o pai da criança.
Há 33 anos, o Tubarão ficou com o caneco no clássico, para o delírio da galera no Estádio do Café, entupido por mais de 40 mil pessoas. Desta vez, a taça será erguida aos céus no Willie Davis, casa do velho Grêmio Maringá. No primeiro confronto, empate por 2 a 2.
Esportivamente, o cenário é outro. Naquela oportunidade, os rivais do Norte do Paraná eram bem mais fortes. Em 1980, os londrinenses haviam sido campeões da Segunda Divisão do Brasileiro. No ano posterior, 82, terminaram em 15.º na Primeira Divisão.
O Grêmio Maringá, por sua vez, havia faturado o Estadual de 1977, interrompendo a sequência de seis títulos seguidos do Coritiba. Quatro anos mais tarde, concorria outra vez ao posto de melhor time de todo o estado.
A situação hoje é bem diferente. Ambos jogam a última partida do Estadual sem qualquer perspectiva futura além de incrementar a galeria de troféus. Mas, quando a bola rolar, o amanhã fica para depois. Exatamente como aconteceu há três décadas.
Dado o pontapé inicial, cada dividida de bola valia uma vida inteira. A vitória por 3 a 2 no primeiro confronto conferia ao Londrina o benefício do empate.
Mesmo assim, os donos da casa partiram para cima. E não demoraram muito para ampliar a vantagem. Logo aos 14 minutos, Nivaldo ensaboou a bola até encontrar Zé Dias partindo pela esquerda. O lançamento foi perfeito e Paulinho tocou no canto direito do goleiro.
A resposta não tardou a vir, mantendo viva a esperança dos visitantes numa reviravolta. Boa trama pela esquerda, chuveirinho na área, a bola foi rebatida e Silvinho pegou de primeira arremessando no cantinho: 1 a 1, aos 22 minutos.
O empate, entretanto, não passou de ilusão. O Tubarão retomou as rédeas do jogo e seguiu melhor. Até assegurar o caneco já aos 30 minutos da etapa final.
Falta pelo lado esquerdo cobrada alta na área. A esfera viajou até próximo da marca do pênalti, quando encontrou a cabeça do craque Carlos Alberto Garcia. A testada, firme, foi parar no canto direito alto do goleiro Rubens: 2 a 1, invasão do campo do Café e a taça nas mãos do capitão Zé Roberto. Londrina campeão.
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