Pedro Dalla Riva esteve no Recife anos atrás e lá encontrou um amigo, o carioca Ronald de Brito Pereira, que é um grande contador de histórias. E, num longo bate-papo, ouviu a incrível história de um "pulador de cerca" que fugiu de um flagrante.
O tal galã marcou um "programa", há uns anos, num apartamento do Centro do Rio. Não se sabe como, mas uma amiga da esposa do distinto avisou-a que viu o marido entrando num prédio.
Passou um tempo, a esposa foi lá e viu chegar um carro de uma funerária com um caixão, entrando no prédio. Minutos depois, quatro homens desceram com o esquife. A esposa traída, religiosa, ainda persignou-se.
E foi assim que o pulador de cercas conseguiu evitar o flagrante...
Dr Maurício Schulman e o "mordedor"
O dr. Maurício Schulman, quando era diretor do Banco Bamerindus, tinha sede no Palácio Avenida, ali na Boca Maldita, por onde obrigatoriamente transitava todos os dias.
Arranjou um "freguês", um ex-jogador de futebol que, muito jeitoso, sempre levava algum. Na época, inflação alta, pediu ao Maurício se ele não podia adiantar a grana para a semana, pois assim garantiria uma "quentinha" todos os dias. Maurício concordou e passou a fornecer a gorjeta semanal.
Mas o mordedor, ante tamanha benevolência, não se conteve e propôs uma nova forma de remuneração caritativa: "Doutor, como a inflação está muito alta, o senhor não poderia me dar três meses adiantado?"