Pelos idos de 1943/44, a nossa Gazeta do Povo funcionava na Rua XV. E era de costume afixar os telegramas informando sobre o andamento da Segunda Guerra Mundial num mural defronte ao prédio. O sr. Afonso Melara, alfaiate, de origem italiana, pai do Carlos Melara e bisavô do publicitário Cláudio Loureiro, foi lá saber as últimas.
Como havia muita gente e ele não conseguia ler, perguntou, para um conhecido que tinha estado bem defronte aos telegramas, o que dizia o último despacho: "Os americanos invadiram a Sicília!"
"Que invadiram que nada! Sono tutti figli di italiani!", respondeu o Melara. E concluiu: "Deixaram eles entrar, isso sim!"
Mitch-Boy, o corretor
Ivan Marques, já falecido, anos atrás foi uma revelação do nosso futebol, mas abandonou cedo a prática e resolveu morar em Guaratuba. Era filho do procurador do Estado dr. Pedro Marques, um homem sisudo e muito reservado. Uma tarde, Ivan levou à sua casa o Mihai Nicolae, conhecidíssimo como "Mitch-Boy".
O dr. Pedro perguntou o que o Mitch fazia: "Corretor zoológico", foi a resposta. Depois que ele foi embora, o dr. Pedro indagou ao Ivan: "O que faz um corretor zoológico?"
"Corretor do jogo do bicho..."
A neta esperta
Um belo dia liguei para a minha filha Loize, em Toledo, e quem atendeu foi minha neta Brenda, na época com 3 aninhos. Ouço, ao fundo, o genro Rocha indagar a ela: "Quem é?"
"É o meu avô!"
"Deixe eu falar com o vô!"
"O Malu é meu avô! O teu já morreu..."
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