Elso Volpato, diretor jurídico da Itaipu, na segunda metade da década de 60 era vice-presidente do Diretório Acadêmico 2 de Julho, da Faculdade de Direito da PUCPR. Volpato era também diretor jurídico da UPE. Mais tarde ingressou na Caixa Econômica por concurso e foi um dos escolhidos para implantar o PIS no Paraná, e depois o FGTS.
Voltando à década de 60, os estudantes protestavam nas ruas contra o regime militar e, numa passeata saída da Praça Santos Andrade em direção à Boca Maldita, foram cantando a música de Geraldo Vandré Para não dizer que não falei de flores até o aparecimento da polícia, quando então entoaram o Hino Nacional.
Quando a passeata chegou à Rua Dr. Muricy, o pau comeu, o Volpato levou uma cacetada na cabeça e acabou no Hospital Cajuru, levado por policiais. A preocupação na época era não ser identificado e Volpato, na ambulância, comeu a carteira de identidade. Depois de medicado, ajudado por estudantes de Medicina residentes naquele hospital, conseguiu fugir sem ser identificado.
O uísque do Nilo
Nilo Krukoski, com 75 anos, só tomava o brasileiríssimo uísque Old Eigth desde 1963. Nilo foi pioneiro das pizzarias em Curitiba, pois anos atrás abriu a Palazzo, na Avenida Batel, com grande sucesso. Na década de 60, ele fez uma viagem pelo mundo no luxuoso transatlântico Eugenio C e levou para seu consumo uma dúzia de litros do seu uísque preferido, mas pelas tantas o Old Eight acabou. Os amigos garantem que Nilo teria desabafado: "Agora vou ser obrigado a tomar essas porcarias importadas..."