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A Praça das histórias e lendas

Foto aérea da Praça Tiradentes e cercanias, feita em 1935, mostra um ambiente formado por prédios baixos |
Foto aérea da Praça Tiradentes e cercanias, feita em 1935, mostra um ambiente formado por prédios baixos (Foto: )
Fotografia feita em 1942 da Praça Tiradentes vista do alto do Edifício NS da Luz, recém-construído ao lado da Catedral |

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Fotografia feita em 1942 da Praça Tiradentes vista do alto do Edifício NS da Luz, recém-construído ao lado da Catedral

A Praça Tiradentes sempre foi palco da reunião de multidões, principalmente em acontecimentos religiosos em frente à Catedral, como nesta foto de 1947 |

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A Praça Tiradentes sempre foi palco da reunião de multidões, principalmente em acontecimentos religiosos em frente à Catedral, como nesta foto de 1947

O Marco Zero, instalado na Praça Tiradentes consta como ponto central de Curitiba e aponta as coordenadas geográficas da capital. Foto de 1937 |

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O Marco Zero, instalado na Praça Tiradentes consta como ponto central de Curitiba e aponta as coordenadas geográficas da capital. Foto de 1937

A Travessa Marumbí, atual Tobias de Macedo, ligava a Praça Tiradentes a Rua do Riachuelo. Naquela travessa funcionou a Cia. Telefônica de Curitiba. Foto de 1946 |

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A Travessa Marumbí, atual Tobias de Macedo, ligava a Praça Tiradentes a Rua do Riachuelo. Naquela travessa funcionou a Cia. Telefônica de Curitiba. Foto de 1946

A Rua José Bonifácio em foto da década de 1940, vista da Praça Tiradentes. O movimento comercial era intenso, principalmente com a presença de colonos da periferia |

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A Rua José Bonifácio em foto da década de 1940, vista da Praça Tiradentes. O movimento comercial era intenso, principalmente com a presença de colonos da periferia

Curitiba é uma cidade cercada de fatos históricos, sendo que muitos deles não passam de lendas criadas pelo imaginário popular e até mesmo por alguém de crédito. O assentamento dos primeiros habitantes até hoje é cercado de lendas como a da Santa que lá na Vilinha do Atuba amanhecia sempre virada com sua face para a direção Oeste, como que indicando que o lugar definitivo para os moradores ficava para aquelas bandas.

Para a instalação definitiva do homem branco nas paragens curitibanas, o historiador Romário Martins criou a lenda do cacique Tindiquera que enfiou um varejão no local onde hoje é a Praça Tiradentes e disse aos europeus que o acompanhavam: Aqui! O lugar. Romário ainda se espicha na sua fabula dizendo que o varejão brotou e se transformou em frondosa arvore florida.

Assim vamos levando os nossos acontecimentos com narrativas que nada tem a ver com episódios reais. Temos a vaca Cherry, inventada para justificar o nome do Bairro do Bacacherí. O mato dos enforcados e o famoso homem da capa preta são lendas do Bigorrilho, bairro cujo nome se prende também a fabula de ali ter morado um homem, outros dizem ter sido uma mulher, com um vasto e espesso bigode. Túmulos que choram com conexões em fabulas do outro mundo sempre existiram em nossos cemitérios.

A própria Praça Tiradentes, ao receber uma reforma no calçamento a entrada da Rua José Bonifácio no inicio do século passado, quando foram encontrados ossos humanos, chegou à população a criar a lenda que ali foi um cemitério de índios. Pura imaginação, para explicar o achado que não passava de ossadas de fiéis que eram enterrados sob o assoalho da antiga Matriz de Curitiba.

Fatos mais recentes intrigaram a imaginação dos curitibanos. A loira fantasma, criada por um agente policial para explicar a razão de disparos dentro de um taxi. E mais um comentário que estava sendo juntada a descoberta de sarjetas de pedras, também na Praça Tiradentes, como sendo de antigas calçadas do centro de Curitiba. Tais canais, ou valas, empedradas foram construídos para dar vazão às aguas das chuvas no final do século dezenove a fim de evitar o aparecimento de voçorocas provocadas pela erosão.

Vamos deixando as lendas curitibanas de lado para mostrar uma serie de fotografias do passado da praça dos nossos fantasmas, a Praça Tiradentes, lugar onde transitam assombrações, espectros e duendes criados pela imaginação popular, sem deixar de acreditar que muitas dessas aparições sejam de carne e osso. Vade retro!

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