Esse costume acabou. Domingo era dia de visitar os amigos e parentes como as pessoas desta fotografia representam. Foto do inicio do século passado| Foto: Acervo Cid Destefani
A Rua 15 de Novembro em dia tranqüilo de fim de inverno em 1947, talvez um domingo
Domingo num dia dejogãono campo do Coritiba. Foto da geral lotada na década de 1940
A estradinha de Santa Felicidade em 1910, com certeza um domingo pois não se vê uma única carroça das colonas italianas
O ônibusbulldogera uma novidade em 1947, na linha da Rua Marechal Floriano, assim como hoje é oligeirãodecorado como se fosse uma condução do Homem Aranha
O bonde espera os passageiros no ponto do Asilo num domingo do inicio da década de 1940
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Aqui se reúnem caçadores, pescadores e outros mentirosos. Bate-papo de fim de tarde, dopo lavoro, esticadinha ou seja lá o que for, é o momento onde surgem todas as soluções para todos os problemas. As explicações, os julgamentos e os diz-que-diz-que, tudo molhado com chope, cerveja e outras espécies de biritas.

Na Curitiba mais antiga era costume das mulheres, principalmente as da colônia alemã, se reunirem para um chá nas quinta-feiras onde, além da troca de receitas de bolos, a tesoura comia solto. Não escapava nada.

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Atualmente a cidade está forrada de bares, bistrôs e outros pontos de encontro sendo os mais importantes aqueles das esquinas dos bairros, bar-doce-bar, onde se reúnem fieis grupos de amigos que se encarregam das novidades, das fofocas, muita coisa seria ali acaba virando frivolidades. Na hora de desancar a lenha tem pau generalizado. Políticos são o prato preferido. Segurança pública então? Nem se fala, ou melhor: Só se fala.

Quem está na crista da onda dos comentários atualmente são os vereadores com suas propostas, como é o caso da tal Dia da Consciência Negra, ou então a criação de um ônibus só para as mulheres, veículo que deve ser pintado de cor-de-rosa, segundo a concepção do inventivo proponente. Estes são dois assuntos que estufam as tertúlias dos nossos bares da vida.

Ônibus cor-de-rosa? Nada não, afinal as mulheres merecem. Tudo bem, mas o que pode acontecer se um traveco resolver se infiltrar em tal coletivo? Surge a solução: para estes e outros assumidos a prefeitura providenciará veículos confortáveis e devidamente pintados com as maravilhosas cores do arco-íris. Já para a comemoração do Dia da Consciência Negra a solução é simples e rápida. Assim como existem o Dia das Mães e o Dia dos Pais, que sempre caem nos segundos domingos, quer do mês de maio ou de agosto, o dia para homenagear a Consciência Negra também pode ser no segundo domingo de novembro, com todas as comemorações que têm direito.

Metrô, futebol, mulheres, marcas de carros e outra infinidade de temas recheiam os pontos de encontro desta cidade que não tem mar mas tem bar, e como tem. Outro assunto que está fervilhando são as tais placas para os 750 novos taxis, o fim do ano vem chegando e o curitibano que precisar de tais conduções sabe que perto das festas não consegue um laranjinha nem com reza braba.

Antes de partirmos para as fotografias desta página vamos matar a curiosidade sobre este dia, 17 de novembro, quando se comemoram o Dia da Criatividade, sem alusão alguma aos nossos vereadores. Também é o Dia do Tribunal de Contas, entidade que acha que os nossos edis não merecem um décimo terceiro salário, e o Dia Nacional de Combate ao Racismo. Tudo isto neste domingo, como diria o Chicão badalando os cubos de gelo no copo de escotch: Que coincidências!

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