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Tempo de guerra. Racionamento de gasolina na Praça Tiradentes em 1943. A bomba era propriedade da Sociedade dos Chauffers |
Tempo de guerra. Racionamento de gasolina na Praça Tiradentes em 1943. A bomba era propriedade da Sociedade dos Chauffers| Foto:
  • Praça Carlos Gomes, esquina com Marechal Floriano. Vindo pela Rua José Loureiro temos um carro lotação, um carro de praça e uma caminhonete junto à praça. Foto de 1950
  • Carros de Praça estacionados na Praça Tiradentes em 1924
  • Em 1945 os carros de aluguel na Praça Tiradentes com bomba de gasolina própria
  • Ônibus, de tipos diversos, fazendo ponto na Praça Tiradentes em 1939
  • Na enchente os pedestres apelavam pela salvação feita pelos carroceiros. Foto na Rua Barão do Rio Branco em 1947
  • A beleza da Praça Zacarias quando o calçamento era feito com arte. No local um dos pontos de automóveis de aluguel, razão para o nome de carros de praça. Foto de 1946

Com o dedo indicador levantado você solta a exclamação acima e o carro de aluguel prontamente encosta no meio-fio e o transporta para o destino indicado. Isso acontece em Londres, Nova York ou em algum filme de Hollywood. Em Curitiba? Jamais!

Por experiência própria, na semana que passou necessitei apanhar táxis algumas vezes para me locomover a pontos diversos da cidade. No bairro do Batel, na Avenida Vicente Machado, esperei durante 35 minutos para conseguir apanhar um dos que passavam. No mesmo dia, nas esquinas das ruas Comendador Araújo com Desembargador Mota foi solicitado por telefone um táxi – ele chegou após 25 longos minutos.

No bairro do Bacacheri, após participar de uma solenidade militar, foi solicitado um táxi para apanhar o passageiro no quartel do 20.º BIB. Eram 11h20 da manhã. Até o meio-dia nada. Uma carona solidária ofereceu o transporte para o centro da cidade ao estatelado e ansioso cidadão. Quanto ao táxi solicitado? Até hoje não se sabe se apareceu.

Dentro do trânsito já caótico de Curitiba o serviço dos táxis também é um caos. A quantidade está defasada para atender a população. Calcula-se, por baixo, que faltam mais de mil táxis para servir a demanda. A prefeitura está "empurrando com a barriga" a liberação das novas licenças e a explicação, inclusive entre os taxistas, é que tal liberação poderá ocorrer no próximo ano, pouco antes da campanha eleitoral para prefeito. À boca pequena, há comentários de que a concessão das placas seria uma espécie de "moeda de troca", coisa que preferimos não dar crédito.

Deixe o carro em casa, use transportes alternativos. Esse é o pedido que a prefeitura faz alegando a "empanturração" das ruas de Curitiba, com o volume de automóveis que cada dia aumenta mais e transportam uma única pessoa, o motorista. Transporte alternativo? O curitibano usa os coletivos como último, ou único, recurso. Quando precisa de um táxi é aquela "inhaca". Haja paciência! Hoje em dia, de conformidade com o horário, um cidadão que ande ligeiro chega mais rápido ao seu destino indo a pé. Isto, obviamente, conforme a distância do destino.

Muita conversa mole já rolou sobre o dito transporte de massa para Curitiba, inclusive muito dinheiro já foi gasto em projetos que mais serviram para rabiscar papéis tendo como aproveitamento absolutamente nada. Projetos e maquetes mostravam, "para inglês ver", como seria o transporte moderno através de bondes. Beleza pura! Arquitetos e demais especialistas se debruçavam sobre as pranchetas do IPPUC embevecidos com a própria genialidade. O bonde! A grande solução. Megalomania pura. Coisa de arquitetos, dirão uns. Empulhação eleitoreira, pronunciarão outros. E o bonde? Neca!

Agora o assunto é o metrô, o minhocão subterrâneo que irá transportar os milhares de turistas que estarão em Curitiba durante a Copa do Mundo em passeios entre o Pinheirinho e Santa Cândida. Espere aí! A sapiência de outro político naufragado deseja que tal transporte deve ser realizado pendurado num monotrilho. E dá-lhe "conversa para boi dormir".

Voltando ao contexto dos táxis, podemos garantir, por enquanto, que existe mais facilidade em se apanhar um desses carros no centro da cidade para se locomover para os bairros, do que vice-versa. Segundo os próprios motoristas, isto se dá em razão de que os táxis que não dispõem dos serviços de rádios ficarem aguardando os passageiros nos pontos centrais. Entretanto, tais veículos, assim desprovidos, são em pequeno número.

Agora vamos embarcar na máquina do tempo da Nostalgia e dar uma volta no passado de Curitiba, época dos carros de praça e das jardineiras e de ônibus de formatos estranhos que circulavam levando passageiros para arrabaldes longínquos como: Portão, Bacacheri e até mesmo para o antigo bairro chique do Batel.

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