O piá nasceu em Rio Negro, no Sul do Paraná; foi no dia 29 de julho de 1911. Sua primeira infância coincidiu com a Campanha do Contestado, que terminaria em 1915. Levou o nome do pai, que tinha origem alemã. Ficou sendo Max Wolff Filho. A mãe, dona Etelvina, nasceu na Lapa. O futuro reservaria uma missão importante para o menino rio-negrense.
Aos 11 anos de idade era ajudante do pai em sua torrefação e moagem de café. Aos 16 anos, passou a trabalhar no escritório de uma das empresas que exploravam a navegação de vapores que circulavam com transporte de mercadorias pelos rios Iguaçu e Negro. Em suas horas de folga ajudava a ensacar erva-mate para o embarque.
Veio servir o Exército em Curitiba, no antigo 15.º Batalhão de Caçadores, tendo participado no movimento militar por ocasião da Revolução de 1930. Transferido para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde tomou parte em outra insurreição, a de 1932. Incorporou-se na Polícia Militar do Rio, onde foi professor de educação física e defesa pessoal. Quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial e formou a Força Expedicionária Brasileira, Max Wolff Filho apresentou-se, como voluntário, seguindo para a Itália no primeiro escalão, já como terceiro sargento.
Sua função no campo de batalha era comandar um pelotão de reconhecimento, posto que sempre exercia como voluntário. Durante o tempo em que combateu e participou das operações da FEB em terras italianas, foi promovido a primeiro sargento recebendo várias condecorações, como a Cruz de Combate 1.ª Classe (medalha brasileira) e a Bronze Star (do Exército americano).
No dia 12 de abril de 1945, mais uma vez como voluntário, comandava a sua patrulha de reconhecimento, na localidade de Riva di Biscia, no espaço conhecido como "terra de ninguém", quando, às 13h15, tombou ao ser atingido por duas rajadas de metralhadora. Findava-se ali a vida do valoroso paranaense, pracinha considerado como o maior herói da nossa Força Expedicionária. Que sempre se louve o nome de Max Wolff Filho, orgulho da nossa história militar.
A Escola de Sargentos das Armas sediada em Três Corações, Minas Gerais, tem o seu nome como patrono. Assim como o 20.º Batalhão de Infantaria Blindada, sediado em Curitiba, no bairro do Bacacheri, é denominado "Batalhão Sargento Max Wolff Filho", em sua memória.
O governo brasileiro concedeu-lhe promoção pós-morte para segundo tenente. Ao morrer, deixou na orfandade a menina Hilda, com apenas 10 anos de idade, e seu estado civil já era então de viúvo.
Agora, na sexta-feira que passou, dia 29, foi comemorado, no Quartel do 20.º BIB, o Centenário de Nascimento do Sargento Max Wolff Filho. Na ocasião foi lançado o selo postal e o carimbo, comemorativos à data. Após as solenidades, os convidados foram recebidos com um coquetel pelo general Willians José Soares, comandante da 5.ª Região Militar, e pelo tenente-coronel Marcio Cemim Diogenes, comandante do 20.º BIB.
Ilustramos a Nostalgia deste domingo com a imagem de Max Wolff Filho e outras fotos de festividades militares, em épocas bem distintas.