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Nostalgia

Nosso herói!

Fotografia do sargento Max Wolff Filho em uniforme de campanha, incluindo o capacete de aço, americano, adotado pelo Exército brasileiro | Arquivo
Fotografia do sargento Max Wolff Filho em uniforme de campanha, incluindo o capacete de aço, americano, adotado pelo Exército brasileiro (Foto: Arquivo)
Povo acorre em massa na Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), para assistir ao desfile de Sete de Setembro de 1940. Era tempo de guerra |

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Povo acorre em massa na Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), para assistir ao desfile de Sete de Setembro de 1940. Era tempo de guerra

Rara fotografia de uma manobra militar na região de Campo Comprido, na década de 1910. Destaca-se a presença de civis e de mulheres como convidados. Os militares do Exército usavam uniformes iguais aos franceses |

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Rara fotografia de uma manobra militar na região de Campo Comprido, na década de 1910. Destaca-se a presença de civis e de mulheres como convidados. Os militares do Exército usavam uniformes iguais aos franceses

No Dia da Pátria de 1944. O Exército se faz presente com seus soldados, na Avenida João Pessoa. Na fisionomia dos pracinhas a preocupação da convocação para a guerra |

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No Dia da Pátria de 1944. O Exército se faz presente com seus soldados, na Avenida João Pessoa. Na fisionomia dos pracinhas a preocupação da convocação para a guerra

Na atualidade, as festividades cívico-militares são realizadas no Centro Cívico. Nessa foto, a tradicional Corrida do Facho, realizada no dia 25 de agosto de todos os anos, em comemoração ao Dia do Soldado e prestigiada pelo público |

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Na atualidade, as festividades cívico-militares são realizadas no Centro Cívico. Nessa foto, a tradicional Corrida do Facho, realizada no dia 25 de agosto de todos os anos, em comemoração ao Dia do Soldado e prestigiada pelo público

Em 1950, os tanques do antigo 5º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado desfilam em paz pela Avenida. O Quartel do Boqueirão era simpático ao público, que o chamava de Réqueméque (REC. MEC.) |

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Em 1950, os tanques do antigo 5º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado desfilam em paz pela Avenida. O Quartel do Boqueirão era simpático ao público, que o chamava de Réqueméque (REC. MEC.)

O piá nasceu em Rio Negro, no Sul do Paraná; foi no dia 29 de julho de 1911. Sua primeira infância coincidiu com a Campanha do Contestado, que terminaria em 1915. Levou o nome do pai, que tinha origem alemã. Ficou sendo Max Wolff Filho. A mãe, dona Etelvina, nasceu na Lapa. O futuro reservaria uma missão importante para o menino rio-negrense.

Aos 11 anos de idade era ajudante do pai em sua torrefação e moagem de café. Aos 16 anos, passou a trabalhar no escritório de uma das empresas que exploravam a navegação de vapores que circulavam com transporte de mercadorias pelos rios Iguaçu e Negro. Em suas horas de folga ajudava a ensacar erva-mate para o embarque.

Veio servir o Exército em Curitiba, no antigo 15.º Batalhão de Caçadores, tendo participado no movimento militar por ocasião da Revolução de 1930. Transferido para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde tomou parte em outra insurreição, a de 1932. Incorporou-se na Polícia Militar do Rio, onde foi professor de educação física e defesa pessoal. Quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial e formou a Força Expedicionária Brasileira, Max Wolff Filho apresentou-se, como voluntário, seguindo para a Itália no primeiro escalão, já como terceiro sargento.

Sua função no campo de batalha era comandar um pelotão de reconhecimento, posto que sempre exercia como voluntário. Durante o tempo em que combateu e participou das operações da FEB em terras italianas, foi promovido a primeiro sargento recebendo várias condecorações, como a Cruz de Combate 1.ª Classe (medalha brasileira) e a Bronze Star (do Exército americano).

No dia 12 de abril de 1945, mais uma vez como voluntário, comandava a sua patrulha de reconhecimento, na localidade de Riva di Biscia, no espaço conhecido como "terra de ninguém", quando, às 13h15, tombou ao ser atingido por duas rajadas de metralhadora. Findava-se ali a vida do valoroso paranaense, pracinha considerado como o maior herói da nossa Força Expedicionária. Que sempre se louve o nome de Max Wolff Filho, orgulho da nossa história militar.

A Escola de Sargentos das Armas sediada em Três Corações, Minas Gerais, tem o seu nome como patrono. Assim como o 20.º Batalhão de Infantaria Blindada, sediado em Curitiba, no bairro do Bacacheri, é denominado "Batalhão Sargento Max Wolff Filho", em sua memória.

O governo brasileiro concedeu-lhe promoção pós-morte para segundo tenente. Ao morrer, deixou na orfandade a menina Hilda, com apenas 10 anos de idade, e seu estado civil já era então de viúvo.

Agora, na sexta-feira que passou, dia 29, foi comemorado, no Quartel do 20.º BIB, o Centenário de Nascimento do Sargento Max Wolff Filho. Na ocasião foi lançado o selo postal e o carimbo, comemorativos à data. Após as solenidades, os convidados foram recebidos com um coquetel pelo general Willians José Soares, comandante da 5.ª Região Militar, e pelo tenente-coronel Marcio Cemim Diogenes, comandante do 20.º BIB.

Ilustramos a Nostalgia deste domingo com a imagem de Max Wolff Filho e outras fotos de festividades militares, em épocas bem distintas.

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