Uma família de colonos prepara os feixes de galhos de erva que foram podados e em seguida entrarão na sapecada| Foto:
Henry Gomm, inglês, pujante exportador de mate, construiu sua mansão em imensa área na Av. do Batel, hoje destinada a mais um shopping. A casa foi descaracterizada e mudada de lugar, perdendo seu valor histórico. Foto da década de 1930
Vista parcial do engenho B. R. de Azevedo & Cia., também conhecido como Engenho do Banco. Ficava na esquina da Av. do Batel com Rua Bento Viana. A foto é de 1960
Ervateira Americana, popularmente conhecida como engenho do David Carneiro, na esquina da Rua Comendador Araújo com Rua Brigadeiro Franco. Foto de 1916
Residência do ervateiro Manoel de Macedo, na foto quando já era sede do Museu Paranaense em 1954. O industrial construiu a casa na elevação conhecida como o Alto da Bela Vista no tempo fausto da erva-mate
Engenho Tibagy, localizado no Batel, fundado pelo Barão do Serro Azul. Na sua frente aparece um conjunto de bondes de mulas, carregados com barricas de mate destinadas à Estação da Estrada de Ferro. Foto do início de 1900
Ainda no mato os feixes são sapecados para que o mate não perca seu paladar, fato que pode acontecer se as folhas murcharem
A erva em feixes é transportada para a secagem em barbaquás ou carijos através de carroças ou mesmo em carrinhos de mão, como o que aparece na foto
Na foto, vemos um carijo pronto para receber os galhos de mate que serão secos, durante 24 horas, pelo calor do fogo ateado abaixo do jirau feito com madeira de guabirobeiras, sendo tal preferência por acentuar o sabor do mate
Depois de cancheada, moída e ensacada era industrializada. Para o consumo interno era processada de imediato para preservar a cor verde. Ao mercado externo devia ficar depositada entre 6 meses a dois anos, quando pegava uma tonalidade ama­­relada. Foto de 1916
Interior do engenho da Ervateira Americana onde a erva, depois de moída, era acondicionada em barricas de pinho para exportação. Foto feita em setembro de 1916
Nos anos dourados, a navegação no Rio Iguaçu floresceu com a presença de inúmeros vapores e lanchas que transportavam a erva cancheada até o Porto Amazonas. Na foto feita em 1940, o vapor Leão – a mais luxuosa embarcação que por aquele rio navegou –, que pertencia à firma ervateira Leão Junior
A única lembrança que restou do transporte fluvial do ciclo da erva-mate no vale do Iguaçu foi o casco do vapor Pery . Houve uma tentativa de recuperação para deixá-lo à visitação pública. Hoje é uma melancólica imagem da pujança submergida
Casa onde funcionava o escritório do Engenho Tibagy, hoje Rua Gonçalves Dias. Foto feita em 2008
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O ciclo econômico predominado pela erva-mate, que foi sustentado pelas exportações feitas a países da América do Sul entre meados do século 19 e as primeiras décadas do século passado, quando começou a sofrer decadência no mercado externo, parece estar retornando ativamente para dias melhores.

Em 2009 foram exportadas 30 mil toneladas para 29 países, o que ainda é pouco em com­­paração ao consumo interno. Para comparar, vemos que entre os anos de 1915 e 1924 a exportação, em média, foi de 50 mil toneladas, quando o manuseio do produto desde a colheita até o beneficiamento final ainda não possuía a tecnologia atual.

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A fim de que os nossos leitores tenham uma pequena ideia do ciclo ervateiro vamos tentar, através de 14 fotos, selecionadas entre quase 500, contar o que a erva-mate significava para a economia do Paraná e, principalmente, para Curitiba nas primeiras décadas do século 20.