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Nostalgia

Hein?

O primeiro sinaleiro automático de trânsito de Curitiba, instalado em 1948, na então Avenida João Pessoa |
O primeiro sinaleiro automático de trânsito de Curitiba, instalado em 1948, na então Avenida João Pessoa (Foto: )
Enchente na Avenida em janeiro de 1947 |

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Enchente na Avenida em janeiro de 1947

Desfile de alunos de grupos escolares na João Pessoa em setembro de 1943 |

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Desfile de alunos de grupos escolares na João Pessoa em setembro de 1943

Nevada na Boca Maldita em julho de 1975 |

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Nevada na Boca Maldita em julho de 1975

Caminhão tombado, em plena Avenida em obras, reuniu uma multidão de curiosos |

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Caminhão tombado, em plena Avenida em obras, reuniu uma multidão de curiosos

Avenida João Pessoa em foto noturna feita em 1964 |

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Avenida João Pessoa em foto noturna feita em 1964

Conheço muitas pessoas que possuem manias e cacoetes que acabam fazendo uma simbiose com suas personalidades. Tem gente que passa a vida inteira, e morre, sem ninguém saber seu nome, tudo por ser conhecida apenas por um apelido. Muitos são lembrados por repetirem constantemente alguma expressão. Tive um professor de latim que repetia dezenas de vezes em suas aulas a frase: por conseguinte. Por conseguinte, ficou sendo conhecido entre os alunos como o professor por conseguinte.

Desde o longínquo meu tempo de piá sempre fui um perguntador, só ficava satisfeito quando a curiosidade estivesse saciada. E ainda hoje conservo tal mania, não tanto como inquiridor, mas sim como observador. Ajudado por uma meia surdez senil, uso muito a expressão "hein?". O que já me rendeu muita gozação, inclusive pelos colegas aqui da redação. Muitas vezes, o meu hein, não é usado só pela falta de audição, também serve como interpelação quando alguém exprime uma sandice, o que hoje em dia acontece de sobejo.

São aquelas coisas. Expressões usadas como: é do tempo do êpa! Foi garçom da Santa Ceia! servem para qualificar indivíduos; no meu caso, ditos como: testemunha ocular da história. Certas ocasiões fico imaginando como podem existir pessoas cujas lembranças só pegam no tranco e, por incrível que pareça, sobre fatos que vivenciamos juntos. Conse­­­quentemente, as relembranças devem ser cultivadas a fim de se po­­­­der transmitir como foram os tempos já vividos, e deixar um pouco deles para os pósteros, ou seja: para a história.

Hoje a Nostalgia mostra uma série de fotos com acontecimentos do meu tempo, onde relembro um desfile de alunos dos antigos grupos escolares, cujo uniforme era apenas um avental ou guarda-pó branco. O leitor poderá ficar intrigado porque razão usei unicamente fotografias da Avenida Luiz Xavier, naqueles tempos ainda nominada João Pessoa. A explicação é simples: o curitibano se encontrava ali na Avenida, como era chamada. Todas as coisas importantes da cidade tinham que obrigatoriamente passar pela então antiga Cinelândia.

A vida noturna, as enchentes do Rio do Ivo, a nevada de 1975 e até o primeiro sinaleiro automático de trânsito são do dito meu tempo. Em 1965, a ainda João Pessoa revirada em obras com um fato que juntou multidão curiosa, quando um caminhão ali capotou. Então, o aqui repórter fotográfico registrou a ocorrência inusitada. São imagens que, colocadas nesta página, podem avivar a memória de muitos leitores; quando não, servirão para mostrar quanta coisa já aconteceu por ali.

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