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Nostalgia

História, ou saudades?

Fotografia das tropas do General Carneiro, feita em janeiro de 1894, pouco antes de começar o Cerco da Lapa |

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Fotografia das tropas do General Carneiro, feita em janeiro de 1894, pouco antes de começar o Cerco da Lapa

O Mercado Municipal de Curitiba em foto feita há 110 anos. Hoje o local é conhecido como Praça Generoso Marques |

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O Mercado Municipal de Curitiba em foto feita há 110 anos. Hoje o local é conhecido como Praça Generoso Marques

No final da década de 1960 a Praça da Ordem já não era mais visitada pelas carroças dos colonos; em seus lugares os automóveis estacionavam ao lado do bebedor |

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No final da década de 1960 a Praça da Ordem já não era mais visitada pelas carroças dos colonos; em seus lugares os automóveis estacionavam ao lado do bebedor

Foi em 1914 que voou o primeiro aeroplano em Curitiba, é um centenário digno de ser comemorado |

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Foi em 1914 que voou o primeiro aeroplano em Curitiba, é um centenário digno de ser comemorado

Ninguém lembra mais da fachada da antiga Escola de Artes e Ofícios, depois QG da Região Militar. Vemos o prédio na Rua Pedro Ivo (Praça Carlos Gomes), na década de 1960 |

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Ninguém lembra mais da fachada da antiga Escola de Artes e Ofícios, depois QG da Região Militar. Vemos o prédio na Rua Pedro Ivo (Praça Carlos Gomes), na década de 1960

Ano vai, ano vem, a vida continua do mesmo jeitinho. Nos meus cinqüenta e seis anos de jornalismo vi, ouvi e registrei muitas coisas, boas e más. Tudo que sai impresso nos jornais gera opiniões, as mais diversas. O jornalista é visto pelo público, quando no exercício de sua profissão, pelos mais variados e imagináveis conceitos.

O repórter é visto pela polícia como um carrapicho, que não desgruda até conseguir os detalhes das ocorrências. Para o marginal todo cara de jornal é sujeira, principalmente se o dito estiver com uma câmera na mão; ele é o cara que faz o escracho e entrega a cara do bandido ao conhecimento dos leitores. O político então? A maioria é bajuladora, cheia de arengues e frases produzidas na hora, tudo para conseguir plantar uma notinha, geralmente enganosa e destinada aos seus eleitores. Aceitar tais papos-furados é o mesmo que ganhar um diploma de tolo.

Quando alguém não se sente satisfeito, e mesmo contrariado, com a notícia lida, usa seu conceito sobre o jornal: "Papel aceita tudo!". Ou então cai de pau sobre quem noticiou o fato, denegrindo o profissional com impropérios chulos tentando, assim, mostrar a rodinha que, o cerca, e ouve, como se fora o próprio individuo um supremo ser insuspeito. Graças a Deus que as coisas estão mudando, os jornais da atualidade comprovam a credibilidade dos seus leitores.

Outros tipos de chatos são os que infernizam os profissionais de jornalismo, principalmente os que são responsáveis por colunas específicas. São pessoas que se arvoram como assessores de imprensa e se acham no direito de enviar sugestões de pauta, via internet, com o intuito de promover alguma casa comercial ou produto colocado à venda. Puro lixo eletrônico, sempre deletado com a maior rapidez possível.

Esta página intitulada Nostalgia, prestes a completar 25 anos de publicação sempre aos domingos aqui na Gazeta do Povo, não está livre de alguma crítica e até mesmo de passagens constrangedoras ou hilariantes. A correspondência sempre está carregada de perguntas sobre imagens de locais que estão totalmente modificados, ou de pessoas procurando informações sobre antepassados. Tentamos atender no que for possível.

Tenho na memória três ocorrências que marcaram o momento pelo impacto de como se apresentaram. A primeira ocorreu durante uma entrevista que fizemos sobre um homem que vendia leite tirado diretamente da vaca, pelas ruas centrais de Curitiba. O entrevistado era o filho do tal leiteiro. Durante a conversa ele falou de seus afazeres como contador, diretor de clube e outras peripécias, menos do pai que ordenhava a vaquinha para sustentar a família. Instado que o que nos interessava era o velho e não a vida do filho, o próprio desabafou: Fiz tanta coisa na minha vida e não mereço uma reportagem. Por que tem que ser a história do meu pai com a sua vaca? Uma pena, essa pessoa já deve ter morrido, sem ficar sabendo da importância do pai com a vaca, para a sua vida e para a história da cidade.

Outra feita fui apresentado para um senhor que, ao ficar sabendo do trabalho em cima da história da cidade, assim como de cidadãos que ajudaram a construir e perenizar a urbe, saiu-se com esta: Você não deixa que os que já partiram descansem em paz! O referido cavalheiro era de religião espiritualista e, para ele, o meu trabalho seria um fustigador de almas. Salve as almas penadas, que se lixe a história.

Dentre os vários fatos hilários, vem o caso daquele individuo que desejava ver a foto do seu pé de jabuticaba publicado nesta página. Levou anos insistindo, o que nunca ocorreu. O dono da arvore frutífera, pirado de dar nó, somente sossegou quando contaram a ele que a sua jabuticabeira tinha saído aqui na Nostalgia, o que não aconteceu. Dizem que o desvairado chorou copiosamente, de alegria.

Hoje estamos publicando mais algumas fotografias antigas que mostram momentos que já foram vividos e que ficaram para a história.

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