Na Estação da Estrada de Ferro, partida da tropa que participaria no que seria chamada de Campanha do Contestado. Foto de 1912| Foto:
Chegada do trem, no dia 6 de novembro de 1912, em Curitiba, transportando o corpo do coronel João Gualberto, morto no Irani dia 20 de outubro
Início do préstito fúnebre na Rua Barão do Rio Branco, na tarde de 6 de novembro de 1912
O funeral de João Gualberto passando pela Rua XV de Novembro, em 6/11/1912
O enterro passando pela Rua do Rosário, em direção ao Cemitério Municipal. Foto do dia 7/11/1912
Préstito cívico passando pela Praça Tiradentes e se dirigindo ao ato inaugural da Avenida João Gualberto. Foto de 21 de abril de 1913
Alunos da Escola de Aprendizes Artífices desfilam pela Praça Tiradentes com destino à Rua da Graciosa, que passaria então para a denominação de Avenida João Gualberto, em 21 de abril de 1913
Vários coches fúnebres estacionados na Rua Alegre, atual Cândido de Leão, portando coroas de flores e esperando para acompanhar o enterro do corpo de João Gualberto, que estava sendo velado no Quartel do Tiro Rio Branco, fundado pelo infausto militar. Foto do dia 7 de novembro de 1912
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No domingo de carnaval, dia 14 deste mês, publicamos aqui na Nostalgia algumas fotos de antigos carnavais, realizados no início do século passado. Vários leitores entraram em contato com este editor da aludida página. A maioria comentando sobre a frequência do público na rua, achando, uns, que o povão daquele tempo gostava mesmo de folia, razão pela qual a multidão carnavalesca de cem anos passados era bem maior que na atualidade.

Os moradores de Curitiba não eram somente apreciadores de festas momescas, mas sim participantes dos grandes eventos que ocorriam, quer cívicos, militares ou religiosos. Os habitantes da cidade vinham de longe, e nos primeiros anos de 1900 o transporte público era restrito aos bondes de mulas e, assim mesmo, muito escasso, no que resultava em percursos longos feitos exclusivamente a pé. So­­mando-se ainda ao figurino dos trajes daqueles tempos, roupas fechadas com tecidos grossos, onde predominava a cor preta. Uma re­­ceita própria para causar imensos suadores.

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No intuito de mostrar aos leitores outra aglomeração do povo curitibano, vamos até os anos de 1912 e 1913. O primeiro, por ocasião da morte do coronel João Gualberto, comandante do Regimento de Segurança (Polícia Militar), na luta contra os fanáticos no Irani, quando se deu o começo da Campanha do Con­­testado, que alguns insistem em chamar de Guerra. João Gual­­berto foi morto em combate, mal tinha completado 39 anos de vida. No ano de 1913, o dia 21de abril foi a data escolhida para prestar homenagem cívica ao infausto herói, batizando a avenida que leva o seu nome até hoje.

Nas imagens antigas e históricas de Curitiba, existem muitas fotos de ajuntamentos populares. São multidões que impressionam pelos seus volumes, levando-se em conta a quantidade então exígua de moradores. Comparando-se com a atualidade, nos dão a certeza de que o povo daqueles tempos exercia plenamente a sua cidadania.