Rua Barão do Rio Branco. Rockefeller, que esteve em Curitiba em 1953, chega para uma visita à Assembleia Legislativa, hoje Câmara Municipal. Ao fundo, a Estação de Bondes| Foto: Acervo Cid Destefani
A atual Rua Carlos Cavalcanti no limiar de 1900. Vemos à direita a casa que pertenceu ao Barão do Serro Azul e a construção apensa, que era de sua filha Siroba. Mais tarde, ao lado, funcionou a Escola Tiradentes
A Rua Quinze de Novembro recebe os componentes do Tiro Rio Branco na sua volta do Rio de Janeiro, em 1910. A Banda Marcial da entidade militar abre o desfile
Por falar em Estação de Bondes, temos aí a fotografia do último bonde de Curitiba, quando sua carcaça lá se encontrava. Uma pergunta: o Ippuc não ia recuperá-lo e fazer que circulasse em parte da cidade?
Rua do Rosário em 1941, tendo ao fundo a nova igreja mandada construir pelo Monsenhor Celso. No local, existiu outra menor que chamava Igreja dos Pretos, ou dos Defuntos
Exposição das primeiras obras de Poty Lazzarotto, ainda aluno do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, promovida em Curitiba em 1942
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Lidar com o passado muitas vezes embaralha a memória. Quanta gente confunde pessoas, locais, datas e até mesmo seus parentescos. Tais desencontros de lembranças geram, não poucas vezes, discussões do tipo: Não era assim! Não foi fulano, foi sicrano! Tenho certeza, foi o meu avô que contou! E vai daí que muitas vezes certos fatos perdem o valor histórico em razão de teimosias, ou então quando alguém quer se passar por conhecedor e mete a colher torta.

Certa feita foi publicada nesta página a fotografia da banda do Tiro Rio Branco, fato que acabou me dando uma correção por parte de um amigo que pesquisava bandas militares. Ele insistia que aquela instituição militar nunca tivera sua própria banda. Pois bem. Esse amigo já não mais existe e, infelizmente, não posso mais mostrar que sua asseveração não estava correta. Apesar de não confiar muito nas afirmações da internet, tive a satisfação de ouvir dois discos ali postados por um colecionador, com a imagem de uma vitrola tocando-os.

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Nas duas bolachas vinha à voz de um apresentador anunciando: "Malvina", mazurca executada pela banda do Tiro Rio Branca, para a Casa Edison do Rio de Janeiro em 1912. E a outra música era a valsa "Saudades de Curitiba", executada pela mesma banda, também para a mesma gravadora, no mesmo ano. Em 1912 o Tiro Rio Branco dirigiu-se ao Rio de Janeiro a fim de participar do funeral do seu patrono, o Barão do Rio Branco, como os componentes do Tiro já haviam angariado fama na então capital da República, quando desfilou em 1910, superando as outras entidades congêneres que participaram das apresentações, a Casa Edison aproveitou para produzir tais discos.

Curioso que sou sobre a vida do saudoso Poty Lazzarotto, dele possuo diversas imagens. Contatei o Google para saber sobre a trajetória do artista após ter ganhado uma bolsa de estudos do então interventor Manoel Ribas, assim como suas exposições no início da carreira. Postada pela Secretaria da Cultura do Paraná, encontrei a informação de que a sua primeira exposição de gravuras, em Curitiba, foi em 1948, tendo anotação que já fizera outras no Rio em 1944 e 1948. Muito bem, ocorre que a sua primeira exposição em Curitiba aconteceu em 1942, tendo inclusive a presença do próprio Manoel Ribas, seu protetor. São as tais coisas como dizia um conhecido intelectual aqui da terra: Se não foi, fica sendo!

Agora mesmo estou para descobrir sobre a visita de um Rockefeller a Curitiba em 1953. Qual destes dois seria: Nelson, que foi governador de Nova York e vice-presidente dos Estados Unidos, ou seria seu irmão David. Como no momento não estou em condições de procurar, verifiquei no Google e nada informa, gostaria de que algum leitor que saiba qual dos dois nos visitou; ajude-me colaborando.

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