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Policiamento para conter as tietes do cantor Wanderley Cardoso, em frente do Canal 12 na Rua Emiliano Perneta, em 1968 |
Policiamento para conter as tietes do cantor Wanderley Cardoso, em frente do Canal 12 na Rua Emiliano Perneta, em 1968| Foto:
  • Desfile da Polícia Militar em frente do Palácio do governo, no Alto do São Francisco, em 1953
  • Guardas civis patrulhando uma rua central de Curitiba. A foto é de novembro de 1911, quando a corporação foi criada
  • Equipe de guardas civis escalados para a segurança da partida de futebol entre Britânia e Juventus, no dia 14 de agosto de 1949
  • Inspetores de Trânsito com suas motos, como batedores, na Rua Marechal Floriano, em 1952
  • O radialista Arthur de Souza, quando apresentava sua Revista Matinal na PRB 2
  • Tiradentes é o patrono das polícias Militar e Civil. Todo ano, na sua data, a estátua do mártir, na Praça Tiradentes, é lavada e enfeitada para a solenidade

A polícia do meu tempo de juventude era representada pela corporação da Guarda Civil e pe­­los componentes da própria Polícia Civil, que o povo apelidara de "secretas" em razão de não serem identificados no meio do público. Quem fiscalizava o tráfego de veículos eram os inspetores lotados no Departamento de Serviço de Trânsito, que possuía um pelotão de motocicletas que prestava variados serviços.

A Polícia Civil atendia às ocorrências em viaturas que eram co­­nhecidas como "carro-forte", e a população entrava em contato pelo telefone número 200 com a Delegacia de Plantão, que ficava na Rua Barão do Rio Branco, tendo ao lado o plantão do trânsito.

Houve um tempo em que fiz co­­bertura para o jornal como re­­pórter policial. Na gíria policial o jornalista era conhecido como "carrapicho", por não desgrudar das ocorrências até conseguir a notícia. Nessa época funcionava a Rádio Patrulha, em lugar do "carro-forte", e a sua equipe consistia de elementos da Guarda Civil.

As delegacias eram poucas e os delegados todos conhecidos, principalmente da imprensa. Não existia o cargo de Secretário de Segurança. Quem comandava era o Chefe de Polícia instalado na Chefatura. Notórios chefes de polícia foram Pinheiro Júnior, que também dirigiu a Gazeta do Povo; Ney Braga, que se elegeu prefeito; e o general Ítalo Conti, que foi quem teve a primeira de­­signação como Secretário de Se­­gurança Pública.

Bukowski, Miranda Assy, Eu­­des Brandão, Monastier, Sotto Maior, Lycio Bley, Zaratrusta, Nay­­lor e Delfino. Esses são no­­mes, ou sobrenomes, que ainda lembro do meu tempo de "carrapicho". Dos repórteres policiais daquela época, quase todos com apelidos: Meio Quilo, da Gazeta do Povo, Galo, 100 Gramas, Ra­­fles, Albugeri e Taraz. O programa radiofônico de maior audiência nesse tempo era a Revista Ma­­tinal no qual eram descritos os acontecimentos da cidade, como obituário, missas, aniversários e todos os registros policiais ocorridos na cidade. O programa foi uma criação e apresentação do radialista Arthur de Souza e levado ao ar, logo no início das ma­­nhãs pela Rádio Clube – PRB 2.

A Polícia Militar, antigamente denominada Regimento de Segurança, foi aos poucos sendo introduzida no policiamento ostensivo da cidade. A cavalaria para controle de tumultos, as duplas conhecidas como "Cosme e Damião", a companhia de controle do trânsito, que substituiu, aos poucos, o serviço dos inspetores de trânsito a partir do início da década de 1950. O serviço da PM foi abrangendo praticamente todo o policiamento, principalmente após a extinção da Guarda Civil no período da dita Revolução de 1964. Na sequência, temos as fotos históricas.

N.R.: Como muitos leitores telefonaram para saber onde encontrar o livro do professor Bigarella, sobre o município de Matinhos, informo que o mesmo é uma edição da Fundação Cultural de Curitiba de 2009. De­­ve ter na Livraria Dario Velloso, mas não posso afirmar, pois estive lá na última quarta-feira, às duas e meia da tarde, e a dita livraria estava fechada. Segundo informação, a atendente responsável não se encontrava por estar participando de um curso. Muito interessante – o respeitável público que se lixe. Como sempre!

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