Classificado como a segunda melhor escola do país pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o colégio Farias Brito, do Ceará, tinha ao menos 80% dos alunos vindos de outras três unidades da instituição para a que prestaria a prova neste ano.

CARREGANDO :)

Dos 44 que fizeram a prova, só 20% estudaram na mesma unidade desde o início do ensino médio.

O presidente do colégio, Tales de Sá Cavalcante, nega que a transferência tenha sido uma estratégia para melhorar no ranking do Enem. Ele afirma que a unidade, que realizou a prova do Enem, tem grupos de estudos específicos para grandes vestibulares, como o ITA, USP e Unicamp, o que acaba atraindo estudantes de outras unidades do grupo.

Publicidade

Para entrar no colégio, o aluno precisa passar por um exame. Essa avaliação, de acordo com o presidente, indica até a turma que o estudante vai frequentar. Isso, segundo ele, é para melhorar a integração. “Cada aluno é observado dentro do seu rendimento e tem acompanhamento individual”, disse.

A mensalidade mais cara, referente ao 3º ano do ensino médio, é de R$ 1.469.

Para ele, o desempenho do colégio pode ser atribuído a uma equipe de psicólogos e ao foco na filosofia.

Segundo Tales, desde o primeiro ano do ensino fundamental, os alunos estudam a disciplina. “Antes até mesmo de aprender a ler.”

Sobre os psicólogos, Cavalcante diz que eles oferecem atendimento individual aos alunos. “O objetivo é evitar que conflitos prejudiquem o desempenho do aluno. Cada ser humano é dono de um universo próprio e a psicologia é um dos princípios da educação.”

Publicidade

Com unidades na capital Fortaleza e em Sobral, no interior do Estado, o grupo tem 15,3 mil alunos desde o berçário até a faculdade.

Segundo o dirigente, o Farias Brito aprovou 28 alunos no último vestibular do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), um dos mais concorridos do país.

“O menino do Nordeste tem muita vontade de vencer. Somado ao nosso projeto pedagógico, conseguimos esses resultados”, disse Cavalcante, cujos pais fundaram a instituição há 80 anos.

Segundo Cavalcante, os professores são avaliados constantemente e recebem bônus por produtividade, com valor que corresponde a 10% do salário. Isso acontece quando o profissional cumpre toda a agenda escolar e não falta às aulas. A maioria dos docentes são do Ceará.

Publicidade