A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, deu parecer favorável nesta terça-feira (20), em Brasília, à redação final do projeto de lei que pretende instituir a Estrada-Parque Caminho do Colono, no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Caso saia do papel, a proposta vai implantar a via no trecho do Caminho do Colono, estrada de 17 quilômetros que ligava o Oeste ao Sudoeste do estado e que foi fechada pela Polícia Federal em 2001.
O texto teve o voto contra do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). Nos próximos dias, o projeto continua na Câmara em um prazo no qual um décimo dos 513 deputados da Casa (51 deles) pode ainda apresentar recurso para que a proposta seja apreciada em plenário. Caso não haja pedido de recurso, o texto segue para o Senado, onde tramitará nas comissões definidas pela secretaria da mesa da Casa.
Segundo informou a assessoria de imprensa do autor do projeto, o deputado federal Assis Couto (PT-PR), uma comitiva de aproximadamente 40 agricultores das regiões Oeste e Sudoeste do estado viajaram à Brasília para acompanhar a votação. Eles também visitaram gabinetes de alguns deputados da Câmara pedindo apoio à aprovação da redação final do projeto.
A instalação da Estrada-Parque do Colono é um tema de grande discussão entre os moradores das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. Oficialmente, a via nunca foi aberta, o que havia era uma ligação de terra entre as cidades de Serranópolis do Iguaçu e Capanema, que o governo pensou até em asfaltar, na década de 80. Desde então, começou uma batalha judicial, com uma série de decisões favoráveis e contrárias à estrada. Em 2001, a passagem foi fechada pela Polícia Federal. Em 2003, acabou reaberta por moradores, mas novamente interrompida após alguns dias.
Por um lado, quem é a favor da reabertura da estrada principalmente os agricultores afirma que a oficialização do trecho vai promover a integração da população local, fortalecer a segurança na área de fronteira, além de contribuir para o desenvolvimento da região.
Em lado oposto, os ambientalistas julgam a volta da estrada como uma grande ameaça à fauna e à flora locais. Fora a derrubada de Mata Atlântica para dar início às obras da estrada, animais poderiam se afastar do entorno ou ainda ser atropelados. A estrada traria também mais riscos de infestação de plantas invasoras e de doenças para animais silvestres.
Em declaração dada no último mês de junho, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se posicionou contra a reabertura da Estrada do Colono. Na ocasião, ela disse que não é preciso reabrir a estrada para promover o desenvolvimento sustentável do Paraná. O pronunciamento foi feito na abertura do Fórum Mundial do Meio Ambiente, em meados de junho, em Foz do Iguaçu.
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