A Comissão Especial de Licitação, responsável por conduzir o certame do metrô em Curitiba, negou mais um pedido de impugnação que havia sido apresentado na semana passada pela empresa chilena Arauco do Brasil. Desta vez o questionamento recaiu sobre o preço que a prefeitura deseja pagar pelo terreno que pertence à empresa para a construção do pátio de obras e da central de controle de tráfego do metrô. Segundo a Arauco do Brasil, o terreno na Cidade Industrial de Curitiba valeria mais de R$ 70 milhões, enquanto o edital avalia a área em R$ 35 milhões.
Em resposta, a comissão ressaltou que o valor trazido no edital é apenas uma referência inicial e não um preço mandatário, o que "motiva o indeferimento da presente impugnação ao edital", como consta na ata da reunião que julgou o pedido.
Além disso, a comissão frisa, com base em parecer da Procuradoria-Geral de Curitiba que a empresa que vencer o certame terá de arcar com os custos das desapropriações até o limite de R$ 65 milhões. Se for necessário ultrapassar esse valor, as despesas adicionais serão repartidas de forma equivalente entre a concessionária e o poder público municipal.
A prefeitura de Curitiba informa que os trabalhos da comissão prosseguirão mesmo após a suspensão da licitação, pois tratam de assuntos administrativos internos do certame.