O corpo da menina Alessandra Subtil Betim, de 8 anos, encontrada morta na manhã de segunda-feira (10), em um matagal no município de Castro, na região dos Campos Gerais, foi enterrado às 9 horas desta terça-feira (11), no Cemitério Frei Mathias, em clima de grande comoção. Mais de 100 pessoas participaram da cerimônia, entre familiares, amigos e moradores do bairro onde Alessandra vivia.
A menina estava desaparecida desde a tarde de domingo (9), quando saiu de casa para ir até uma padaria e não voltou. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, na Rua EC-1, no bairro Cantagalo 2, a cerca de duas quadras de sua casa. Exame do Instituto Médico Legal (IML)comprovou que a morte foi causada por traumatismo craniano e que a menina sofreu abuso sexual.
No sepultamento de Alessandra, o pai da criança, o servente de pedreiro José Gerson Subtil, chorando muito, pediu desculpas à filha por não estar presente no momento em que ela mais precisou. Bastante abalada, a família não quis falar com a imprensa.
Investigação
De acordo com moradores do Cantagalo 2, policiais foram até o bairro na noite de segunda-feira com fotos de três suspeitos, para uma possível identificação. O delegado da Polícia Civil de Castro, Getúlio Vargas, no entanto, não comenta o caso. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informa que está trabalhando em sigilo na tentativa de encontrar o autor do crime.
Crime
De acordo com a Polícia Militar de Castro, o corpo de Alessandra estava totalmente despido quando foi encontrado, na segunda-feira. A perícia colheu material de amostras do corpo para ser analisado no IML de Curitiba. O laudo deve ficar pronto em uma semana.
A menina estava desaparecida desde as 15h30 de domingo, quando teria saído de casa na companhia de duas irmãs. Ela desistiu de ir com as duas à padaria na metade do caminho, e não foi mais vista. Ainda na segunda-feira, a polícia afirmou ter suspeitos, mas não divulgou nomes. Segundo a investigação, o crime não teria relação com o caso da menina Rachel, encontrada morta dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba na semana passada.
Alessandra estudava na 2.ª série na Escola Municipal Lourival Leite de Carvalho. Uma equipe do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) também acompanha as investigações.
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