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Amigos e parentes estão revoltados com a morte de sem-teto

O corpo de Celso Eidt, 38 anos, assassinado com cerca de 15 tiros na noite de quarta-feira (5), no Fazendinha, foi enterrado às 10h desta sexta-feira (7), no Cemitério Paroquial Campo Comprido, em Curitiba. Eidt foi morto nas calçadas da Rua João Dembinski, onde famílias estão acampadas desde a reintegração de posse do dia 23 de outubro.

Durante o enterro, amigos e parentes estavam revoltados com a morte de Eidt. Em entrevista ao telejornal ParanáTV da RPCTV, Lucila Eidt, irmã de Celso, disse que, por volta das 20h de quarta-feira, três homens apareceram no acampamento e dispararam 15 tiros no peito de Celso. "Eles foram simplesmente para executá-lo", disse.

Durante a manhã desta sexta-feira, as pessoas continuavam acampadas na calçada. A Justiça pediu que os sem-teto desocupassem o local, mas eles não aceitam a proposta da prefeitura de transferir as famílias para abrigos provisórios e cobram uma solução definitiva.

Assassinato

A Polícia Militar (PM) confirmou a versão dos familiares de que três homens foram até o acampamento e realizaram os disparos. Segundo o irmão do assentado morto, Zeno Eidt, a vítima teria ido buscar água pela manhã no terreno particular de onde os sem-tetos estavam acampados antes da reintegração de posse. Pela versão da família, Celso Eidt teria sido expulso da propriedade por um segurança sob a mira de uma arma. "Voltaram à noite para terminar o serviço", disse Zeno, que estava ao lado de Celso no momento da execução.

De acordo com a PM, Celso teria passagem pela polícia do Rio Grande do Sul por crime de homicídio. A família da vítima negou. Celso era separado e tinha uma filha de nove anos. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

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