Quem procura crédito para o cartão-transporte nas bancas do Centro de Curitiba ainda encontra dificuldades. Em vários pontos de venda, os créditos acabam em até duas horas após a compra pelos banqueiros. Os comerciantes reclamam do sistema da Urbs, em que é necessário comprar os créditos antes de revender, e alegam que a modalidade complica a vida dos proprietários das bancas.
A proprietária da Revistaria Cultura, na Praça Rui Barbosa, Marciane Domingues Pavani, afirma que os créditos têm acabado muito rápido na banca. "Acaba muito rápido e eu não tenho dinheiro para investir na compra", reclama a comerciante. De acordo com ela, na sexta-feira (1.º), os R$ 2 mil em créditos adquiridos por ela acabaram em 43 minutos. Nesta segunda-feira (4), por volta das 16h, já não havia mais créditos. "Como não dá tempo de buscar mais hoje [segunda], só vou ter para vender amanhã [terça, 5]", diz.
Marciane reclama do método de venda adotado pela Urbs. "Tenho que investir meu dinheiro antes para depois recuperar na venda", explica. "Quem trabalha com cartão é pior ainda, porque não entra dinheiro em caixa", diz a comerciante.
A proprietária da banca Bom Jesus,Lindamira Assuit, também já estava sem créditos para vender por volta das 16h desta segunda (4). "É muita procura e a gente não vence comprar os créditos", diz. "A Urbs deveria deixar a gente pagar no boleto no banco depois da venda", sugere a comerciante.
De acordo com a assessoria de imprensa da Urbs, a venda de créditos para os comerciantes ainda está em período de ajustes e a intenção é melhorar a venda, tanto para o comerciante, quanto para o cidadão. O órgão afirma ainda que durante esse período de ajustes tudo é negociável e os comerciantes podem fazer sugestões para a prefeitura para a melhoria do sistema de vendas.
A prefeitura esclareceu que, por se tratar de dinheiro público, algumas exigências legais precisam ser cumpridas. Sobre a compra dos créditos, a Urbs ressalta que pode ser feita por depósito bancário no Banco do Brasil e que os créditos são liberados imediatamente, antes mesmo de serem compensados.
Entenda o caso
Desde a última sexta-feira (1.º), Curitiba passou a contar com 23 pontos de vendas de cartões avulsos e créditos para cartão-transporte. A medida foi tomada porque a partir dessa data, os micro-ônibus deixaram de aceitar pagamento em dinheiro. A obrigatoriedade do pagamento em cartão atende à decisão judicial que determinava o fim da dupla função dos motoristas que atuam nesse tipo de veículo.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião