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Tragédia na fronteira

Crime mobiliza legistas e hospitais da região

IML de Toledo: corpos foram enviados para mais de uma cidade, para facilitar o trabalho de legistas | Zigomar Scholler
IML de Toledo: corpos foram enviados para mais de uma cidade, para facilitar o trabalho de legistas (Foto: Zigomar Scholler)

Umuarama e Toledo - A dimensão do crime ocorrido nesta segunda-feira exigiu que outras cidades da região prestassem auxílio ao município de Guaíra. Hospitais de Umuarama e Toledo, duas das cidades mais importantes da região, receberam sobreviventes da chacina. E três sedes do Instituto Médico-Legal (IML) precisaram ser mobilizadas para fazer a necropsia dos corpos.

Os corpos de sete das 15 vítimas da chacina em Guaíra foram levados para o IML de Toledo por volta das 23h30 de segunda-feira. Sem condições de fazer todo o trabalho sozinho, o instituto precisou do auxílio das unidades de Umuarama e Cascavel. De Cascavel saiu um rabecão para auxiliar no transporte. O trabalho dos três médicos legistas e dos dois auxiliares de necropsia começou as 8 horas de ontem e só terminou no meio da tarde.

Outras oito vítimas foram levadas para o IML de Umuarama. O agente de perícia José Roberto Avis, o Betinho, disse que é preciso "muita boa vontade dos funcionários para fazer um bom trabalho". Segundo Avis, é comum que os funcionários fiquem sem dormir ou sem se alimentar direito para atender aos casos de pessoas mortas em acidentes ou assassinadas. Segunda-feira e ontem foram dois dias atípicos por causa da chacina de Guaíra. No entanto, ele garante que a correria é constante e sempre há falta de material. "Mas nada que comprometa o atendimento".

Um dos feridos na chacina de Guaíra, Fernando Cosme do Espírito Santo, está internado em estado grave num dos três hospitais particulares de Umuarama. Por questão de segurança, porém, a direção do hospital pediu para não divulgar o nome da instituição. A presença da vítima encheu de medo os funcionários do hospital e a direção informou que passou o dia de ontem pedindo reforço de segurança pública no hospital, mas não conseguiu.

Segundo o hospital, a vítima tem menos de 20 anos, está na Unidade de Terapia Intensiva. Familiares do rapaz se esquivaram para não falar com a imprensa. "Quem matou 15 pessoas é capaz de qualquer coisa", comentou uma das funcionárias.

Rogério Tavares de Oliveira, de 17 anos, continua internado no Hospital Bom Jesus, em Toledo. Ele passou por uma cirurgia na noite de segunda e está na enfermaria. Segundo o médico Fabrício Pavia Aguiar, o jovem levou dois tiros. Uma das balas entrou pelo tórax e ficou alojada no pescoço. O outro tiro foi no pé. De acordo com o médico, ele está em observação, ainda com risco de morte.

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