O cumprimento de um mandado de reintegração de posse – que determina que os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) desocupem uma propriedade situada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais – ainda não tem previsão para ser cumprido. Para que a determinação saia do papel será necessária a atuação de reforço policial, que precisa ser liberado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Com a decisão, a fazenda São Francisco II voltará à posse do tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, Waldir Copetti Neves.

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Com o objetivo de cumprir a reintegração de posse, um oficial de Justiça solicitou, nesta quinta-feira (11), cobertura policial ao comando da Polícia Militar (PM). Em ofício, a corporação argumentou que o fornecimento de reforço só poderia ser determinado com liberação da Sesp. A Secretaria informou que ainda não foi notificada da decisão.

Enquanto isso, militantes do MST permanecem acampados na área, em cerca de 14 barracas. A 150 metros, Copetti Neves e fazendeiros ligados à União Democrática Ruralista (UDR) também armaram uma tenda, onde permanecem vigiando a ação dos sem-terra. A PM mantém uma viatura 24 por dias no local, para manter a segurança.

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Na quarta-feira (10), a advogada e filha de Copetti Neves lembrou que nas outras três vezes que a São Francisco II foi ocupada pelo MST, a reintegração de posse só foi cumprida depois que a família pediu a prisão do secretário de Segurança Pública, por não estar cumprindo a determinação judicial.

Apesar da expedição do mandado de reintegração de posse, o MST não manifestou a intenção de deixar a área. O movimento alega que a área pertence à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), que por sua vez reivindica a propriedade da terra e que diz ter planos para sua exploração. Copetti Neves garante que teria adquirido a Fazenda São Francisco II em 1999 e que tem os documentos que comprovam a posse.