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Caso Tayná

Defesa de policiais acusados de tortura pede que fiança seja reduzida

A defesa dos nove policiais presos acusados de terem participado de sessões de tortura contra os quatro homens suspeitos de terem assassinado Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, entrou com um pedido de redução do valor da fiança para eles serem soltos. O pedido foi protocolado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), na manhã desta terça-feira (29).

As informações são do advogado André Luis Romero, que defende os policiais e atua também na defesa do delegado Silvan Pereira. Ele foi solto nesta segunda (28) após pagamento de fiança de R$ 10 mil. Assim como o delegado, os nove policiais que continuam detidos também tiveram liberdade concedida, desde que pagassem a fiança. O advogado, no entanto, diz que eles não têm possibilidade financeira de arcar com a sentença.

"O argumento [para o pedido] é que há impossibilidade do recolhimento da fiança, que foi arbitrada num valor surreal para a realidade dos policiais, uma vez que já se reconheceu ausência dos motivos para a prisão preventiva. Não há motivo de eles continuarem presos por eles serem pobres", diz o advogado.

Durante a tarde, Romero relata que tem uma reunião agendada entre o advogado e o desembargador designado para o caso, Telmo Cherem. O advogado espera que haja uma anulação da fiança já nesta tarde - ou pelo menos a diminuição do valor. Segundo ele, dependendo da decisão do desembargador, o pedido terá que ir para a votação do colegiado do TJ-PR, que tem a próxima reunião nesta quinta-feira (31).

Relembre o caso

Os nove policiais estão presos desde julho acusado de ter participado de sessões de tortura contra os quatro homens suspeitos de terem assassinado Tayná Adriane da Silva, de 14 anos. Silvan era titular da Delegacia de Alto Maracanã, para onde os acusados inicialmente pelo crime teriam sido levados e onde teriam ocorrido as primeiras sessões de tortura.

Logo após crime contra Tayná, cometido no dia 25 de julho, o quarteto preso chegou a confessar o homicídio. Dias depois, porém, os homens foram soltos alegando terem confessado o assassinato sob tortura. Por conta disso, eles acabaram incluídos no Provita - um programa de proteção a testemunhas.

A autoria do crime continua sob investigação. No último dia 10, o delegado Cristiano Quintas, da Delegacia de Homicídios (DH), pediu ao MP-PR a prorrogação do prazo para investigar o caso.

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