Os delegados da Polícia Civil de Curitiba prometem uma paralisação na próxima quarta-feira (21) em todo estado em solidariedade ao delegado Rubens Recalcatti. A mobilização é protesto contra a operação Aquiles, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual, para prender o delegado e outros policiais. Eles são suspeitos de terem executado Ricardo Geffer, que seria o suspeito de assassinar o ex-prefeito de Rio Branco do Sul, João da Brascal, em abril deste ano. Brascal era primo de Recalcatti.
De acordo com o Sindicato dos Delegados do Paraná e a Associação dos Delegados da Polícia Civil, que organizam a manifestação, os policiais devem se concentrar a partir das 10h nas sedes das unidades da capital e em frente a Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba. “A ação tem cunho social e serão atendidos os casos de flagrante, a fim de não prejudicar a população. Também serão recolhidos donativos e doações de sangue nos locais da mobilização”, explicou o texto das entidades. A Secretaria de Estado da Segurança Pública foi procurada para comentar a possível greve, mas preferiu não se pronunciar por enquanto.
Protesto em favor de Recalcatti nesta sexta
Cerca de 50 pessoas fizeram um protesto em favor do delegado Rubens Recalcatti em frente à sede do Gaeco, em Curitiba, na tarde desta sexta-feira (16). Parentes, amigos e até pessoas que não conhecem o policial pedem que ele seja liberado. O delegado e outros quatro policiais tiveram a prisão temporária decretada na terça-feira.
Felipe Recalcatti, filho do delegado, disse que o pai se sente injustiçado e também agradeceu o apoio dos manifestantes. Algumas pessoas ouvidas pela reportagem afirmaram que, apesar de não conhecer o policial, participavam do ato porque consideravam que Rubens Recalcatti trabalha para mobilizar a segurança pública paranaense. O grupo participou do ato aos gritos de “Ao ao ao solta o xerifão!”.
Defesa
A defesa de Rubens Recalcatti sustenta que a prisão do delegado é ilegal, mas não nega que ele estava em Rio Branco do Sul no dia da morte de Ricardo Geffer. A alegação é de que Recalcatti investigava uma quadrilha e que Geffer foi morto durante uma troca de tiros.
O advogado do delegado, Claudio Dalledone, entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça na quinta-feira (15).
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