Depois das acusações de uma ex-assessora em Londrina de que existiu "caixa 2" na campanha de reeleição do prefeito Nedson Micheleti, agora também os diretórios do PT em Ponta Grossa e Maringá sofrem acusações de irregularidades nas campanhas políticas.
Reportagem publicada na Gazeta do Povo mostra que, em Ponta Grossa, o Ministério Público averigua supostas irregularidades que envolvem cheques devolvidos, uso da conta do partido para pagamento de gastos de campanha e dívidas não declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral.
Duas dívidas que estão sendo cobradas na Justiça podem indicar a existência de um caixa 2 na cidade. Pelos menos três empresas que prestaram serviços para a campanha local não receberam e não constam na prestação de contas apresentada ao TRE.
A presidente do PT local afirma que o partido pagará as dívidas oficiais. Embora o cheque de R$ 7,6 mil sem fundos entregue para a gráfica Kembec que não consta no TRE tenha a sua assinatura, ela prefere não se manifestar sobre as contas do caixa 2. Segundo ela, os R$ 369 mil devidos oficialmente serão arrecadados numa campanha entre filiados.
Os gastos de campanha do PT também passam por investigação em Maringá, a partir de uma denúncia feita pelo PP, em dezembro de 2004. "Foi uma campanha milionária e com muita gente que não era da militância", declara o presidente do PP maringaense, Marco Antônio Rocha Loures.
A direção petista na cidade mostra tranqüilidade. "Não há absolutamente nenhum problema nos nossos gastos", garante o presidente do diretório local, Claudemir Romancini, sobre o questionamento de caixa 2.
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