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Parte dos presos transferidos da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) após a violenta rebelião que deixou um saldo de cinco detentos mortos no último final de semana deve retornar ao presídio do Oeste dentro de 15 dias. É o que prevê a Secretaria de Justiça, responsável pelo Depen (Departamento Penitenciário), órgão gestor do sistema penal no estado.

A previsão é com base em uma avaliação preliminar dos estragos deixados pelos presos após o motim. Engenheiros ainda trabalham na avaliação e o laudo final ficará pronto em duas semanas. Segundo o Depen, o trabalho de limpeza no local continua para deixar o presídio em condições de receber novamente os presos.

A galeria onde funcionava uma fábrica de botinas incendiada pelos presos amotinados continua interditada e depende de análise de peritos do Instituto de Criminalística antes de ser liberada.

O anúncio do retorno dos presos em um curto espaço de tempo é visto com preocupação pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O presidente da subseção de Cascavel, Juliano Murbach, diz que é temeroso manter os presos nas unidades para onde eles foram levados devido a superlotação ao mesmo tempo em que é preocupante enviá-los novamente à PEC sem as condições ideais de tratamento penal. "Temos uma preocupação muito grande será que em 15 dias a prisão estará apta a receber esses presos", diz. Mortos

Na tarde desta quinta-feira (28), o corpo de um dos detentos mortos foi reconhecido por familiares no IML (Instituto Médico Legal). O corpo Gilson Bragança foi liberado e levado para cidade de Toledo, onde residia antes de ser preso. Apenas um corpo carbonizado aguarda reconhecimento.

Na quarta-feira (27) outros três corpos já haviam sido reconhecidos. Cícero Gomes Nogueira, de Campina da Lagoa; Juareci Gromowski, morador de Cascavel, mas que foi sepultado em Capitão Leônidas Marques, e Sérgio Humberto de Melo, morador de Cafelândia. Após ser velado no Oeste, o corpo dele foi levado de avião para ser sepultado na Paraíba, onde residem os familiares.

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