A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo não deveria ter saído do papel, segundo o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB). O deputado estadual afirmou nesta quarta-feira que a investigação era interessante apenas antes da eleição. "Sempre fui contra. Não faz sentido fazer uma apuração paralela à do Ministério Público, que está pelo menos seis meses adiantada", disse.
Brandão ressaltou que espera pelo relatório da CPI até esta sexta-feira, último dia de trabalhos da Assembléia neste ano. O relator da comissão, Jocelito Canto (PTB), garante que irá cumprir o prazo, apesar de ter ouvido apenas duas testemunhas até agora. "Há coisas interessantes, mas que até agora não servem para processar ninguém", explicou Canto.
A esperança do deputado é que surja algo relevante no depoimento do policial civil Délcio Rasera, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em escutas telefônicas ilegais. O investigador, que trabalhava para a Casa Civil antes de ser preso, depõe nesta quinta-feira, às 17 horas. Ele promete levar uma série de documentos, principalmente sobre irregularidades cometidas na Banestado Leasing, nos anos 90.
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