DER libera tráfego local em meia pista na ponte do Rio Iguaçu

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O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) liberou nesta quarta-feira (10), o tráfego local somente em meia pista na ponte sobre o braço do rio Iguaçu, na BR-476, próxima a São Mateus do Sul, mas o buraco permanece aberto e a polêmica sobre a manutenção do trecho continua. A pista foi interditada na terça-feira pelo governo do Paraná devido ao grande risco de desabamento.

O buraco de 50 cm de diâmetro na ponte de 12 metros reacendeu a polêmica sobre a conservação dos 245 quilômetros da BR-476 no Paraná. O assunto deve, nesta quinta-feira (11), abrir a reunião marcada há uma semana entre prefeitos da região cortada pela rodovia, o secretario de Transportes, Waldir Pugliesi, o diretor geral do DER, Rogério Tizzot, o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, e mais 12 deputados da bancada paranaense, em Brasília.

AmeaçaO prefeito de União da Vitória, Hussein Bokre, e mais outros prefeitos da região estão decididos a adotarem uma atitude mais drástica caso não saiam com a resposta positiva de uma reforma na rodovia. "Se não resolverem o impasse, vamos parar a rodovia por tempo indeterminado", disse Bokre. A informação é endossada pelo prefeito de São Mateus do Sul, Francisco Ulbrich.

DNITSegundo o engenheiro do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit) no Paraná, Gilberto Massucheto, a orientação vinda de Brasília é de que não se faça nenhum investimento no trecho da BR-476.

"Nós temos que acatar a decisão do Dnit nacional", explica. Massucheto esteve ontem na ponte interditada em São Mateus do Sul e disse que tecnicamente o problema é fácil de ser resolvido, mas o órgão não pode se envolver, pois o trecho é de responsabilidade do estado.

ResponsabilidadeSegundo os prefeitos, desde 2003, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou um termo transferindo a responsabilidade das rodovias federais para o governo estadual, a rodovia BR-476 no Paraná permanece em péssimas condições. A Medida Provisória 82 foi vetada pelo presidente Lula e desde então estado e União divergem sobre a responsabilidade.