“Dezembro marcou o fim do financiamento privado como política de estado”. Essa é a opinião do diretor-geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba, Hugo Meza. Ele considera que já não existe mais espaço para a ampliação de contratos do Fies e avalia que instituições de pequeno e médio porte não conseguirão suportar a concorrência com grandes grupos que apresentam ações na bolsa de valores.
“O Fies ajudou as instituições a superarem uma fase de concorrência acirrada. Há cada vez menos players e mais concentração de mercado”, afirma.
José Guilherme Silva Vieira, professor do departamento de Economia da UFPR, explica que, além de oferecer sistemas próprios de financiamento, as instituições privadas do Paraná têm feito manobras na grade curricular para tornar as mensalidades mais acessíveis aos alunos que não conseguiram o Fies.
“As instituições oferecem financiamentos próprios ou matrículas em menos disciplinas, porque o valor das mensalidades é calculado por disciplinas. Com isso, o aluno faz o curso em mais tempo”, diz.
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