Os professores Luis Allan Künzle e Claudio Tonegutti, da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr), criticam o repasse de recursos do governo federal para as instituições privadas. A destinação de R$ 5 bilhões aos Fies, em um momento de cortes na educação, é um dos motivos da greve dos docentes da UFPR, parados desde 12 de agosto.
Segundo Künzle, já existe um desequilíbrio muito grande no país entre os sistemas público e privado de ensino superior e por isso o governo deveria investir na criação de vagas nas universidades federais. “No Brasil, 73% das matrículas no ensino superior estão no setor privado. E dados do Censo da Educação Superior mostram que quase 50% dessas empresas visam ao lucro”, diz. O balanço de 2014 do grupo Kroton (Anhanguera) indicava que 60% dos alunos tinham contrato com o Fies, afirma Tonegutti.
Para os professores, embora o governo gaste menos para criar vagas no sistema privado, não há qualidade na formação dos alunos. “Ensino superior não se faz com pouco dinheiro, com poucos investimentos em laboratórios. Acabamos formando pessoas sem que isso represente um acréscimo de qualidade no desenvolvimento do país”, diz Künzle.
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