O diretor do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, Leopoldo Campos, foi demitido na segunda-feira (24) pelo governador Roberto Requião. A informação foi publicada na coluna de política do jornalista Celso Nascimento, na edição da Gazeta do Povo desta terça-feira (25). O desligamento do cargo teria acontecido após Requião ter lido 200 páginas de um dossiê produzido pelos próprios suspeitos de irregularidades em licitações milionárias no Porto.

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Na coluna, Nascimento lembra que Campos foi quem denunciou as irregularidades. "Nunca antes na história desse estado se agiu com tanta rapidez diante de suspeitas de maracutaias no governo. O engenheiro entregou suas denúncias a Requião na terça-feira passada; o governador mandou apurar na quarta; o irmão-superintendente do Porto, Eduardo Requião, deu 12 horas para que os acusados se defendessem e, já na sexta-feira, estava tudo pronto e esclarecido", escreve o jornalista. O superintendente teria se dado por satisfeito com as justificativas, segundo o colunista.

Segundo outra reportagem da Gazeta, publicada no dia 22 de setembro, o engenheiro Leopoldo Campos está sendo intimado a devolver R$ 11.276,74, que teriam sido recebidos indevidamente do DER. A retaliação é uma resposta às denúncias feitas por Campos de supostas irregularidades nos Portos de Paranaguá e Antonina, administrado por Eduardo Requião.

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A nota política afirma que o engenheiro assinou documento quando tomou posse na diretoria do Porto, em julho, declarando não receber salários de outra fonte. Porém, um documento que começou a circular no dia 21 de setembro deste ano, assinado por diretores do departamento de pessoal do DER, mostra que Leopoldo Campos estaria acumulando cargos no governo e dois salários. O engenheiro estaria recebendo do DER, seu órgão de origem, além de mais R$ 15 mil mensais como diretor do Porto de Paranaguá.