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Na última sexta-feira (5), o Dia Mundial do Meio Ambiente foi lembrado e a história de hoje é a prova de que, com trabalho e boa intenção, mudanças simples, porém altamente significativas, podem ser conquistadas.

Roberson Ramos dá aulas na Escola Municipal Antonio José Carvalho, em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba, e, no início deste ano, ao ter a necessidade de trabalhar o ciclo da água com os alunos do 1.º ano do ensino fundamental (foto), levou a Gazeta do Povo para a sala de aula.

Duas reportagens – “Preconceito ainda é barreira para o reúso da água” e “Água da chuva: é importante captar” – foram suficientes para gerar transformação: além de promover discussões riquíssimas com as crianças sobre uso consciente do recurso, ele comprovou os efeitos das reflexões ao construir, com a ajuda do pai e R$ 300 investidos do próprio bolso, um coletor para captação de água da chuva na escola. Um sábado foi suficiente para instalarem calhas de PVC no telhado, ligadas a canos que levariam a chuva para dentro do tambor, com capacidade para 80 litros. “Chove bastante no município, então, por que não aproveitar essa fonte valiosa? Nossa ideia inicial era captar água para lavar as calçadas, mas, com a ajuda das matérias, rompemos os preconceitos sobre o reúso e percebemos que podíamos aproveitar em muitas outras situações”, conta o professor.

Hoje, a água não só é usada para lavar as calçadas, como também molhar as plantas do jardim e cultivar a horta, outros dois projetos criados neste ano e mantidos pela turma. “São ações em conjunto que provocam as mudanças maiores e constroem um mundo mais sustentável para se viver”, defende Roberson.

Na época da criação do coletor e do jardim, o professor ainda pôde discutir com os estudantes as causas e consequências da dengue, apresentando formas práticas de evitar o problema, tampando o reservatório, por exemplo, e não deixando água parada nos vasos de flores. Informações sobre as conclusões dos trabalhos também foram enviadas aos pais das crianças, com dicas, inclusive, sobre formas de construir coletores em casa.

Sem a menor intenção em desacelerar o ritmo das transformações, Roberson conta que, até o fim do ano, a intenção é criar outras duas estruturas para a coleta da chuva: mais uma para a escola e outra exclusiva para a horta. A escola já se dispôs a assumir as novas despesas. “Não sabia que o trabalho tomaria esta proporção. É gratificante perceber que geramos alguma mudança. Com certeza os alunos vão levar esse conhecimento para a vida e o uso do jornal foi determinante para tudo isso acontecer”, conclui.

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